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Notícias / Ciência

Expedição revela quatro novas espécies de peixes em Pernambuco

Utilizando drones submarinos, os pesquisadores fizeram diversos registros inéditos para a ciência em Fernando de Noronha

Pamela Malva Publicado em 06/01/2021, às 12h40

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Nova espécie de peixe-pedra encontrada a 110 metros de profundidade - Divulgação
Nova espécie de peixe-pedra encontrada a 110 metros de profundidade - Divulgação

Uma expedição marítima realizada por cientistas brasileiros e norte-americanos no arquipélago de Fernando de Noronha resultou descobertas impressionantes. Além de registrar 15 espécies pela primeira vez na região, os especialistas ainda descobriram quatro novas espécies de peixes, exclusivas do litoral brasileiro. 

Liderado pela Associação Ambiental Voz da Natureza, com patrocínio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, o trabalho ocorreu em duas etapas que, juntas, somaram mais de um ano de explorações e pesquisas. Os resultados do estudo, então, foram publicados na revista científica Neotropical Ichthyology.

No total, foram descobertas uma nova espécie de peixe gobídeo (pertencente a um gênero raro), de peixe-pedra, de peixe-lagarto e de peixe-afrodite — todas inéditas e não descritas pela ciência. O último dos animais, inclusive, surpreendeu os especialistas, já que se trata do segundo do gênero descoberto no Oceano Atlântico.

Uma das tecnologias de ponta usadas pelos pesquisadores na expedição / Crédito: Divulgação

Com ajuda de tecnologias de ponta, os cientistas puderam explorar a biodiversidade de recifes a 140 metros abaixo da superfície. Segundo o pesquisador da Voz da Natureza e da Academia de Ciências da Califórnia, Hudson Pinheiro, o local explorado é um dos ambientes mais desconhecidos pela ciência.

Durante a expedição, os cientistas puderam, ainda, visitar algumas parcelas de água pela primeira vez. “Cerca de 50% das espécies que nós encontramos lá no fundo são registros novos para o arquipélago”, informa Pinheiro.

Para a coordenadora de Ciência e Conservação da Fundação Grupo Boticário, Marion Silva, a exploração traz à tona a necessidade de proteção do ambiente marinho e sua biodiversidade. Isso porque, ao mesmo tempo em que os especialistas encontraram espécies ameaçadas de extinção, também identificaram muito lixo de embarcações.