Pedro Castillo deve permanecer preso por um longo período após decisão de um tribunal peruano
O presidente deposto do Peru, Pedro Castillo, deverá permanecer preso por 18 meses em caráter preventivo após decisão de um tribunal do país. O político se encontra detido em uma prisão policial desde o último dia 7, quando tentou dar um golpe de Estado.
De acordo com informações da AFP, a decisão de manter o ex-chefe de Estado preso já havia sido comunicada em 15 de dezembro, porém a defesa de Castillo recorreu e solicitou que a ordem fosse revogada, uma vez que seria injusta.
Durante audiência virtual realizada na quarta-feira, 28, o político declarou: "Peço o fim do ódio e solicito minha liberdade por ser um direito justo. Jamais cometi crime de rebelião".
"Senhor juiz, eu não cometi nenhum delito de conspiração, mas quem sim conspirou foi o Congresso e outras instituições com a finalidade de armar um plano para a queda do meu governo através de sucessivos pedidos de vacância e outras artimanhas", acrescentou o homem, que está preso no presídio de Barbadillo, no quartel da Direção de Operações Especiais da Polícia (Diroes) na capital.
De acordo com a fonte, o ex-presidente declarou estar incomunicável e, por isso, pediu ao juiz autorização para utilizar um telefone a fim de se comunicar com a esposa e os dois filhos, que, na semana passada, partiram para o exílio no México.
Aos 53 anos anos de idade, o peruano é investigado pelos crimes de rebelião e conspiração, já que tentou fechar o Congresso, intervir nos poderes e governar por decreto após sua destituição, o que seria inconstitucional.