As “picadas de mosquito” no corpo da americana de 62 anos foram relatadas em estudo publicado no New England Journal of Medicine
O periódico New England Journal of Medicine compartilhou na última quinta-feira, 12, as considerações de pesquisadores sobre um caso bastante peculiar que aconteceu nos Estados Unidos. Os cientistas avaliaram uma mulher que apresentava “picadas de mosquito” em seu corpo.
A estadunidense de 62, como relatou a revista Galileu, procurou uma clínica dermatológica para tratar de seis nódulos identificados em seu corpo, afirmando que estava sentindo que estava sendo “picada”.
Ela começou a tomar remédios para o que os especialistas entenderam como uma infecção bacteriana, mas não melhorou.
Os médicos começaram a investigar o caso mais a fundo quando a mulher relatou que esteve na Colômbia e acreditava ter sido picada por mosquitos durante a viagem.
A partir disso, eles passaram a observar as marcas mais atentamente e perceberam que existia uma substância ali e que algo estava se mexendo.
Foi assim que os profissionais de saúde chegaram à conclusão que se tratava de miíase, uma infecção de pele causada por larvas de mosca. Os ovos da mosca entram na pele do indivíduo hospedeiro por meio de uma ferida e isso acontece geralmente a partir de um mosquito, durante uma picada.
No caso da americana, ela estava com seis larvas de mosca-varejeira, da espécie Dermatobia hominis, nascendo e crescendo em regiões específicas de seu corpo, como costas e nádegas, onde estavam os nódulos.
No artigo, os pesquisadores escreveram: "Embora incomum nos Estados Unidos, é importante considerar a miíase quando as lesões cutâneas características se desenvolvem em um viajante que retorna [de uma viagem]".
A senhora recebeu anestésicos como tratamento, além de ter as seis larvas retiradas de seu corpo. “No acompanhamento de 1 semana, as lesões foram parcialmente resolvidas e a paciente relatou uma redução de 70% em seus sintomas", completaram os especialistas.