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Notícias / Múmia

Estudo revela 'mistério da múmia trancada' de 3.000 anos

Exames revelam que a aristocrata egípcia antiga tinha entre 30 e 40 anos na época da morte e resolvem mistério sobre múmia egípcia, entenda!

Redação Publicado em 05/11/2024, às 14h45

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A múmia trancada - Chicago Field Museum
A múmia trancada - Chicago Field Museum

Recentes exames de raios-x desvendaram o enigma em torno da colocação de uma famosa múmia egípcia antiga dentro de um sarcófago aparentemente sem ponto de entrada.

Entre as mais de uma dúzia de múmias egípcias abrigadas no Field Museum, em Chicago, destaca-se a de Chenet-aa, uma aristocrata que viveu há cerca de 3.000 anos, notável por seu peculiar procedimento de sepultamento.

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Logo após sua morte, o corpo de Chenet-aa foi preparado para a vida após a morte e encerrado em uma caixa similar a papel machê, sem qualquer indício visível de emenda. Tal prática deixou os pesquisadores modernos intrigados sobre como seus restos mortais foram colocados no interior, dando origem ao que chamaram de "mistério da múmia trancada".

Mistério resolvido

Porém, as recentes tomografias computadorizadas do sarcófago lançaram luz sobre as técnicas empregadas na preservação da múmia por milênios. JP Brown, conservador sênior de antropologia do Field Museum, explicou que os escaneamentos revelaram uma costura descendo pelas costas e algumas amarrações.

A análise detalhada indicou que a múmia foi mantida em posição vertical enquanto o sarcófago de cartonagem era umedecido até tornar-se flexível o suficiente para ser moldado ao redor do corpo.

Uma fenda foi então aberta na parte traseira do sarcófago, da cabeça aos pés, para permitir a inserção do corpo embalsamado. Posteriormente, a abertura foi fechada com uma costura e um painel de madeira fixado na base para manter a estrutura coesa.

Os exames também revelaram que Chenet-aa tinha entre 30 e 40 anos ao falecer e que havia perdido vários dentes devido à abrasão causada por grãos de areia presentes nos alimentos consumidos. No interior do sarcófago, foram encontrados olhos suplementares nos encaixes oculares da múmia, assegurando sua presença na vida após a morte.

Dr. Brown comentou sobre a visão egípcia antiga do pós-vida: "É semelhante à nossa ideia de poupança para aposentadoria. É algo para o qual você se prepara ao longo da vida, esperando ter acumulado o suficiente para desfrutar plenamente", repercute o The Independent.

Se você quer olhos na outra vida, precisa haver olhos físicos ou alguma alusão física a eles".

Os cientistas afirmam que esta pesquisa ilustra o potencial das tomografias computadorizadas para revelar novas informações sobre múmias antigas preservadas em sarcófagos. Mais destalhes estão disponíveis em artigo no site do Chicago Field Museum.