Os artefatos podem ter sido brinquedos ou até mesmo uma ‘forma de arte paleolítica’, representando animais como urso e mamute
No começo dos anos 2000, pesquisadores encontraram estatuetas curiosas no sítio arqueológico Afontova Gora-2, em Krasnoyarsk, na Sibéria. Depois de anos, elas finalmente começaram a ser analisadas por especialistas lideradas por Evgeny Artemyev, que trabalha no local há mais de 30 anos.
Os objetos foram desenvolvidos há mais de 12 mil anos, durante a Idade do Gelo, a partir de de marfim e partes esponjosas de ossos de mamutes e animais parecidos. No entanto, o que intrigou os arqueólogos foi o método usado pelos indivíduos, que aparentemente amoleceram o marfim para moldá-lo conforme desejado.
“A presa de mamute foi amolecida a ponto de se parecer com a massa de farinha dos dias modernos. Não sabemos ainda como os povos antigos conseguiram isso”, disse Artemyev. “Nos itens podemos ver vestígios de instrumentos de pedra e os fluxos da substância antes de endurecer. Isso significa que a presa amoleceu significativamente, a consistência era viscosa”.
Os pesquisadores não sabem ainda como eles desenvolveram a habilidade de suavizar o marfim, mas também não definiram se as estatuetas eram ferramentas ou decorações, podendo ser até mesmo brinquedos. Uma delas se parece com um urso, e outra com um mamute, por exemplo.
“Quando você olha para eles em ângulos diferentes, eles se parecem com diferentes tipos de animais. É possível que esta seja a nova forma de arte paleolítica, da qual a comunidade científica internacional ainda não tenha conhecimento”, explicou o pesquisador.