Estas espécies vivem no mar Ártico abaixo do gelo e sua existência confundiu cientistas por anos. Entenda!
Descobertos por cientistas em uma expedição ao Ártico, diversos jardins de esponjas foram fotografados balançando nas profundezas do gelo. Os espécimes atingem mais de um metro de diâmetro e seu funcionamento em geral fez os pesquisadores questionarem como organismos sobrevivem às condições árticas.
Recentemente, no entanto, após um estudo mais profundo da região, da água à sua volta e das próprias esponjas, os especialistas sugerem que, possivelmente, estes organismos, longe de qualquer fonte de nutrição conhecida, se alimentem de matéria fóssil muito antiga, com o auxílio de bactérias amigáveis, que produzem antibióticos.
Os fósseis que são alimentos dessas esponjas são restos de vermes e outros animais já extintos, algo possível também pela idade destes jardins, diversos deles chegando a mais de 300 anos de idade. Embaixo do gelo, a camada de material morto é abundante, logo, os cientistas creditam isso à fartura de esponjas.
No entanto, os ecossistemas formados por esses organismos podem estar em perigo grave devido às mudanças climáticas e as alterações do mundo debaixo d’água. A professora Antje Boetius, do instituto Alfred Wegener, de acordo com a cobertura do UOL, prega a proteção destas esponjas e o maior estudo delas.
Há tanta vida tipo alienígena e especialmente nos mares cobertos de gelo, onde mal temos a tecnologia para acessar, olhar ao redor e fazer um mapa. [...] Com a cobertura de gelo marinho em declínio rápido e o ambiente oceânico mudando, um melhor conhecimento dos ecossistemas de hotspots é essencial para proteger e gerenciar a diversidade única desses mares do Ártico sob pressão", disse ela.