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Notícias / Paleontologia

Nova espécie de inseto de 40 milhões de anos ‘esquecida’ em museu é descoberta

Cientistas identificaram uma nova espécie de mosquito preservada na resina fóssil, que viveu há 40 milhões de anos, nunca antes descrita

Redação Publicado em 02/09/2024, às 13h20

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Mosquito preservado na resina fóssil - Divulgação/Pełczyńska et. al
Mosquito preservado na resina fóssil - Divulgação/Pełczyńska et. al

Na década de 1960, o colecionador dinamarquês C.V. Henningsen encontrou um raro âmbar na costa de Jutland, Dinamarca, que acabou esquecido no acervo do Museu de História da Dinamarca.

Décadas depois, entomólogos da Universidade de Copenhague redescobriram o objeto e identificaram uma nova espécie de mosquito preservada na resina fóssil, que viveu há 40 milhões de anos e nunca antes descrita pela ciência.

O estudo, publicado na revista Scientific Reports, deu à nova espécie o nome científico de Robsonomyia henningseni, em homenagem ao colecionador que encontrou o âmbar.

'Elo perdido'

Atualmente, o gênero Robsonomyia é encontrado apenas em Hokkaido, no Japão, e na Califórnia. A descoberta da nova espécie de mosquito na Europa representa a primeira evidência desse gênero no continente. Os pesquisadores consideram a nova espécie um "elo perdido". 

mapa
Mapa aponta distribuição mundial do gênero de inseto Robsonomyia / Crédito: Divulgação/Pełczyńska et.al

“Esta é a primeira vez que alguém encontra um fóssil de mosquito desse gênero, que acreditávamos que vivia apenas no Japão e na América do Norte. A descoberta demonstra que este tipo de mosquito também foi difundido na Europa, ​​e nos dá novas pistas sobre a distribuição do mosquito na Terra", afirmou Alicja Pełczyńska, pesquisadora da Universidade de Copenhague, em comunicado.

Até agora, a distribuição deste gênero de mosquito é um tanto estranha, já que muitos milhares de quilômetros separam as espécies. Portanto, faz sentido tê-lo encontrado na Europa, que fica aproximadamente a meio caminho entre o Japão e a América do Norte”, acrescentou Pełczyńska.

Além disso, o estudo estima que o mosquito viveu em florestas de pinheiros na Escandinávia entre 35 e 40 milhões de anos atrás, antes de ser preso em resina e transportado para o Mar do Norte por rios e geleiras da última era glacial.