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Notícias / Gypsy Rose

Especialista comenta fotos do assassinato da mãe de Gypsy Rose: 'Horríveis'

Em entrevista, especialista opinou sobre o vazamento de fotos do assassinato da mãe de Gypsy Rose e analisou a cena do crime

por Thiago Lincolins
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Publicado em 03/08/2024, às 19h18

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Dee Dee ao lado da filha, Gypsy - Arquivo pessoal
Dee Dee ao lado da filha, Gypsy - Arquivo pessoal

Grávida de um filho e recomeçando sua vida em meio a liberdade condicional, Gypsy Rose encara seus fantasmas. Nos últimos dias, circularam nas redes sociais imagens sensíveis do assassinato de sua mãe, Dee Dee Blanchard.

Em 2015, a jovem, ao lado de seu namorado, Nicholas Godejohn, arquitetou o assassinato da própria mãe. Durante anos, Gypsy viveu uma mentira: sua mãe a fazia acreditar que tinha uma série de doenças, num típico caso de síndrome de Munchausen por procuração. Isso ocorre quando um responsável inventa ou induz doenças numa criança para conquistar simpatia de outras pessoas.

Nas redes sociais, as fotos circularam através de um link no Google Drive, revivendo o episódio, que já inspirou documentários, podcasts e até mesmo uma série. Os registros feitos pelas autoridades mostram frascos de remédios espalhados pelos cômodos, roupas desorganizadas e um acúmulo de objetos. Internautas também se depararam com fotos gráficas do cadáver de Dee Dee.

Em entrevista ao The Sun, Joseph Scott Morgan, acadêmico de Perícia Forense Aplicada na Universidade de Jacksonville, analisou os registros e a cena do crime em questão.

Gypsy Rose nos dias atuais - Reprodução

Imagens "horríveis"

Morgan, que descreveu as imagens como algumas das "mais horríveis" que já presenciou em sua carreira, afirmou que a bagunça na residência é um reflexo de como funcionava o cérebro da mãe de Gypsy.

"Não sei se essa foi uma das coisas que levaram Gypsy ao limite", teorizou Morgan ao veículo.

Para ele, as fotos também mostram que a jovem foi uma 'mestre da manipulação' que agiu num ataque planejado. 

Quem fez esse ataque sabia que conseguiria atravessar as pilhas de lixo da casa, especialmente até o local onde Dee Dee estava na cama", afirmou ele.

A mãe de Gypsy foi atacada com 17 facadas enquanto estava deitada na cama, o que, na visão do especialista, indica "raiva". Joseph disse ao veículo que ataque com faca representa um "caso particularmente sangrento", capaz de deixar mais sangue do que ferimentos com bala.

"A questão sobre uma morte por ferimento cortante é que, de todas as mortes, é muito pessoal", refletiu Morgan.

A história de Gypsy

Durante anos Gypsy viveu numa cadeira de rodas, acreditando que tinha doenças como leucemia, distrofia muscular, problemas de visão, asma severa, epilepsia e apneia do sono, repercute o site Hollywood Forever TV.

Gypsy Rose Blanchard e a mãe, Dee Dee Blanchard - Arquivo pessoal

No fim, tudo não passava de uma teia de mentiras criadas por sua mãe. Ao descobrir a verdade, Rose ajudou Nick Godejohn a executar a matriarca.

"Obviamente eu sabia que podia andar e não precisava de sonda de alimentação, mas todo o resto era uma grande confusão para mim", afirmou ela durante entrevista à People. "Sempre que eu questionava, minha mãe dizia que eu 'tive uma convulsão na noite anterior e não me lembrava'. Sempre havia uma desculpa". 

Em 2016, ela admitiu que colaborou no assassinato de sua mãe e foi sentenciada a 10 anos de prisão. No último ano, ela conseguiu a liberdade condicional. Já o ex-namorado, autor do crime, cumpre a pena de prisão perpétua.

O crime chocante é destrinchado no documentário "Mamãe Morta e Querida", disponível no Max. Uma versão ficcional da história, disponível na AppleTV+, também é retratada na série 'The Act', que mistura fato e ficção.