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Notícias / Vulcão em Tonga

Erupção de vulcão em Tonga pode aquecer a Terra

De acordo com cientistas, vapor de água causado pelo vulcão em Tonga ficará na atmosfera por muitos anos

Redação Publicado em 04/08/2022, às 15h17

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Erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga, na ilha de Tonga - Divulgação/Visible Earth/NASA
Erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga, na ilha de Tonga - Divulgação/Visible Earth/NASA

De acordo com a Nasa, a erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, ocorrido em janeiro, no arquipélago de Tonga, propagou uma enorme quantidade de nuvem de vapor de água na estratosfera da Terra, o que pode influenciar temporariamente o clima do planeta.

Segundo as reportagens da BBC e ABC, o vapor criado pela explosão foi detectado pelo Microwave Limb Sounder, da Nasa, responsável por medir a emissão de gases atmosféricos.

O vulcão Hunga Tonga, expeliu água o suficiente para encher mais de 58 mil piscinas olímpicas, o evento foi considerado mais potente que a bomba de Hiroshima, segundo estudos de cientistas.

Apesar de ainda não ter uma projeção adequada do impacto, uma pesquisa publicada na 'Geophysucal Research Letters' examina a quantidade de vapor de água que o vulcão Tonga expeliu para estratosfera, camada que fica entre 12 e 53 quilômetros acima da superfície da Terra

“Nunca vimos nada parecido”, informou Luis Millán, cientista atmosférico do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa no sul da Califórnia e líder do estudo.

Evento raro

O raro evento de erupção deixou mortos no Peru e foi sentido até no Alasca. Foram lançados cerca de 146 teragramas (1 teragrama equivale a um trilhão de gramas) de vapor d'água na estratosfera. Isso representa 10% do vapor presente nessa camada.

Uma magnitude desse tamanho ocorreu por conta da formação subaquática do vulcão. A estrutura do Tonga, também chamada de caldeira, está localizada em uma profundidade no oceano que possibilitou a enorme expulsão de vapor.

Raramente uma erupção tem essa capacidade. Há 18 anos, a Nasa rastreia esses dados, e apenas dois outros episódios do tipo tiveram a capacidade de expelir quantidade significativa de vapor para altitudes tão altas, que foram: o evento Kasatochi, em 2008 no Alasca; e a erupção Calbuco, em 2015, no Chile.

Todavia, de acordo com os estudos, o vapor do evento ocorrido este ano ficará na atmosfera por muitos anos, diferentes dos outros dois casos que o vapor de água se dissipou rapidamente.


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