Idosa de 79 anos, residente de Toledo (PR), sofreu um prejuízo superior a R$ 3.000 por acreditar manter relacionamento como dono do X, SpaceX e Tesla
Redação Publicado em 25/09/2024, às 11h30
Uma residente de Toledo, no Paraná, de 79 anos, foi vítima de um esquema fraudulento e sofreu um prejuízo superior a R$ 3.000 ao acreditar que estava em um relacionamento amoroso com o bilionário Elon Musk, proprietário da rede social X (antigo Twitter), da SpaceX e da Tesla.
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Na tarde da última segunda-feira, 23, a Polícia Militar foi chamada após uma situação suspeita em um supermercado local. O gerente do estabelecimento relatou que a idosa estava adquirindo diversos cartões da "App Store", loja de aplicativos da Apple, o que levantou preocupações entre os funcionários.
O indivíduo que se passava por Musk alegava ser também proprietário da Apple, uma informação completamente falsa — atualmente, os maiores acionistas da empresa são Tim Cook (atual CEO) e Arthur Levinson.
De acordo com o site oficial da Apple, esses cartões podem ser encontrados em vários pontos de venda no Brasil, disponíveis em valores que variam de R$ 20 a R$ 200. Após a compra, a ativação é feita pela loja, permitindo seu uso.
Ao ser questionada pelos funcionários do supermercado, a idosa afirmou estar namorando um empresário internacional que lhe solicitou a compra dos cartões, prometendo devolver o valor gasto com um montante significativamente maior em dinheiro. Diante dessa explicação, os funcionários optaram por cancelar a transação e acionaram as autoridades.
A vítima confirmou a versão dos fatos aos policiais militares, insistindo que o suposto empresário planejava visitá-la no Brasil e trazer uma quantia substancial em dólares. No entanto, para isso, ela deveria adquirir os cartões para ele, segundo relatou o UOL.
A mulher, cujo nome não foi divulgado, declarou ter gasto entre R$ 3.000 e R$ 4.000 na compra dos cartões para o falso namorado. Após cada compra, ela enviava fotos dos cartões via WhatsApp ao golpista. A polícia identificou que os números utilizados pelo criminoso tinham o código de discagem da Nigéria.
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Um parente da idosa foi contatado e se comprometeu a acompanhá-la. Um boletim de ocorrência foi registrado e o caso está sob investigação da Polícia Civil.
O delegado responsável pelo caso, Rodrigo Batista, destacou a importância de os familiares monitorarem as atividades online dos idosos. Segundo ele, essa faixa etária é frequentemente visada por criminosos para aplicação de golpes.
