Diversas meninas precisaram ser hospitalizadas na província de Teerã; esse não é o primeiro acontecimento do tipo
35 alunas de escolas femininas no Irã precisaram ser hospitalizadas depois de um provável envenenamento nesta terça-feira, 28. O incidente na província de Teerã é mais um em uma série de ataques semelhantes que vem ocorrendo em diversas partes do Irã.
Os atentados são atribuídos a pessoas que seriam contra a educação das mulheres. Isso acontece em um contexto de protestos que já dura desde setembro de 2022, quando a jovemMahsaAmini foi morta sob a custódia da polícia da moralidade porque não usou seu véu de maneira correta. As informações são doUOL.
A agência de notícias local Tasnim anunciou que o envenenamento se deu na escola feminina de Khayyam, que fica na cidade de Pardis. Um total de 35 alunas precisaram ser levadas ao hospital, mas segundo as últimas atualizações elas felizmente já passavam bem.
Incidentes como esse tem sido registrados desde novembro, quando a imprensa local da cidade de Qom noticiou mais de centenas de casos de intoxicação e envenenamento em meninas com cerca de 10 anos.
O Ministério da Saúde iraniano disse no domingo, 26, que as intenções desses atos são fechar as escolas, especialmente as femininas. O silêncio das autoridades tem sido criticado pelo povo, e o governo anunciou uma investigação sobre os envenenamentos. Nenhuma prisão foi realizada até agora.
Um levantamento da BBC afirmou que 650 meninas foram envenenadas no país, ainda sem mortes, até onde se sabe. Ativistas compararam esses ataques às investidas talibãs, no Afeganistão, e aos integrantes do Boko Haram, da África Ocidental, que também são contra a educação feminina.