Enterro de 2.800 anos com 18 cavalos sacrificados desafia teorias sobre a origem dos famosos cavaleiros das estepes eurasianas
Um achado arqueológico surpreendente na Sibéria está reescrevendo a história dos citas, os lendários cavaleiros das estepes eurasianas. Um túmulo de 2.800 anos, contendo os restos de uma mulher e 18 cavalos sacrificados, revela detalhes inéditos sobre os rituais funerários e a cultura desses nômades.
"Os citas despertam a imaginação das pessoas desde os dias do historiador grego Heródoto", afirma o antropólogo Gino Caspari, do Instituto Max Planck. "Mas as origens da sua cultura permaneceram escondidas durante muito tempo em cantos remotos das estepes eurasianas."
A descoberta, detalhada na revista Antiquity, sugere que a cultura equestre dos citas pode ter se originado ainda mais a leste do que se pensava anteriormente, com raízes na Mongólia.
Segundo o 'Independent', a presença de artefatos citas e equipamentos de equitação no túmulo, além de similaridades com sepulturas da Idade do Bronze Tardia na região, reforça essa hipótese.
"Nossas descobertas destacam a importância da Ásia Interior no desenvolvimento de conexões culturais transcontinentais", explica Caspari.
"As descobertas também sugerem que essas práticas funerárias desempenharam um papel no processo mais amplo de transformação cultural e política em toda a Eurásia, contribuindo para o surgimento de impérios pastoris posteriores," concluiu.