A Organização Mundial da Saúde reconhece dois fatores primordiais para a disseminação de variações como a Ômicron e Delta
A Organização Mundial da Saúde (OMS) abordou a nova variante da covid-19, intitulada Ômicron, alertando que existe uma "combinação tóxica" para que novas mutações surjam e se espalhem, como explicou o diretor-geral da instituição, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na noite da última quarta-feira, 1.
De acordo com o representante, a mistura tóxica se baseia em dois fatores presentes em diversos países do mundo, já afetados pela nova cepa; pouca frequência de testagem e cobertura vacinal centralizada e baixa, classificada como "uma receita para alimentar e amplificar variantes".
Em âmbito de comparação, Tedros ainda enalteceu a importância da mobilização pelo acesso equitativo a vacinas, testes e tratamentos também para outras variantes ainda mais agressivas ao organismo humano: "Precisamos usar as ferramentas que já temos para evitar a transmissão e salvar vidas da delta [a variante altamente dominante no mundo]. E se fizermos isso, também evitaremos a transmissão e salvaremos vidas da ômicron".
A nova cepa, apesar de ter o registro de novos casos centralizados na Europa e, especificamente, na África do Sul, já foi identificada em todos os continentes do planeta. Por conta disso, a União Europeia, os Estados Unidos e outros países suspenderam voos oriundos de alguns países africanos, onde os primeiros casos foram identificados.
Além do mais, de acordo com a OMS, o número de mutações da variante ômicron pode fazer com que as vacinas não possuam a mesma proteção em relação a outras cepas. O diretor-geral da organização, o grego Tedros Adhanom afirmou que a B.1.1.529 pode apresentar um risco global “muito alto”.
O marco do início das infecções da nova cepa aconteceu no na última semana de novembro em Portugal. Por lá, as autoridades sanitárias do país confirmaram que 13 jogadores do Belenense, clube de futebol que tem sede em Lisboa, foram contaminados com a cepa.