Túnel subterrâneo foi descoberto durante revista de soldados israelenses em casa do campo no campo de refugiados de Jabalia
Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 25/05/2024, às 10h03
Entre os escombros do campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza, o cenário revela vidas destruídas: em um beco estreito, uma bicicleta infantil e colchões empoeirados indicam que o local foi abandonado às pressas. A entrada de uma das casas não era uma porta, mas um buraco na parede destruída pelas forças israelenses. Se não fosse por isso, a construção passaria despercebida.
Quando as Forças Armadas de Israel (FDI) chegaram ao local, rapidamente a investigação deu frutos: sob um tapete velho, uma porta metálica revelou um túnel de 10 metros onde, na semana passada, foram encontrados os corpos de quatro reféns.
"Não sabíamos que havia uma cova ali", declarou o tenente-coronel Almong Rotem ao portal Israel Hayom. "Quem descobriu foi o líder da equipe, sargento Roy Beit Yaakov. A equipe dele havia completado a missão no local, mas ele decidiu permanecer na casa. Investigou mais a fundo, moveu alguns móveis e encontrou o espaço. Depois, comunicou os colegas pelo rádio, e em seguida engenheiros de combate subterrâneo de elite foram enviados para a inspeção".
De acordo com 'O Globo', um oficial que entrou no túnel afirmou que, após as equipes terem limpado a área ao redor da construção subterrânea, removendo potenciais explosivos, os soldados entraram na passagem. A missão era “localizar e enfrentar” possíveis membros do grupo terrorista Hamas.
Após algumas escavações, os militares israelenses encontraram os corpos dos reféns Shani Louk, 23 anos, Amit Buskila, 28, Itzhak Gelernter, 58, e Ron Benjamin, 53. Eles foram levados para Gaza em 7 de outubro, durante o ataque sem precedentes do Hamas em território israelense, quando cerca de 1.100 pessoas morreram e mais de 250 foram sequestradas.
Conseguimos recuperar quatro corpos de reféns, foi uma conquista significativa. Ninguém está mais orgulhoso do que nós por tê-los trazido para sepultamento em Israel. É triste encontrar um corpo em vez de uma pessoa viva, mas saber que há quatro famílias israelenses que suportaram meses de incertezas e que pudemos lhes proporcionar um pouco de consolo em meio a este pesadelo é uma boa sensação. Continuaremos arriscando nossas vidas para defender o Estado e seus cidadãos pelo tempo que for necessário."
