Documentos revelados por fontes da diretoria de inteligência militar de Israel teriam sido apreendidos durante incursões em Gaza
Redação Publicado em 14/05/2024, às 10h37
Durante anos, Yahya Sinwar, líder do Hamas em Gaza, supervisionou uma força policial secreta na Faixa de Gaza, encarregada de monitorar o cotidiano dos palestinos e compilar arquivos sobre jovens, jornalistas e críticos do governo, conforme relatado por funcionários da inteligência e documentos internos analisados pelo The New York Times.
Esses documentos foram entregues ao Times por fontes da diretoria de inteligência militar de Israel, afirmando terem sido apreendidos durante incursões em Gaza.
Conhecida como Serviço de Segurança Geral, essa unidade operava com uma extensa rede de informantes locais, alguns dos quais denunciavam seus próprios vizinhos às autoridades.
De acordo com o portal O Globo, indivíduos eram catalogados em arquivos de segurança por participarem de protestos ou por criticarem publicamente o grupo no poder. Em certos casos, os registros indicam que as autoridades monitoraram pessoas para verificar se mantinham relacionamentos românticos fora do casamento.
Algumas semanas antes do ataque a Israel em 7 de outubro, uma apresentação de 62 slides sobre as atividades do Serviço de Segurança Geral expôs o alcance da organização na vida dos palestinos.
"Estamos enfrentando o bombardeio da ocupação e a violência das autoridades locais”, disse o jornalista Ehab Fasfous, que apareceu nos arquivos do Serviço de Segurança Geral, segundo o O Globo. Ele, que tem 51 anos de idade, é rotulado em relatório como um dos “maiores opositores do movimento Hamas”.
