Tyler Perry relembrou estado emocional de Will Smith na cerimônia, que sofreu com um “gatilho”
O ator Tyler Perry relembrou o estado de Will Smith e Chris Rock após o episódio que se tornou a maior polêmica do último Oscar — quando o ator subiu ao palco da cerimônia para dar um tapa no rosto do comediante.
Em entrevista à apresentadora da CBS, Gayle King, Perry afirmou que Smith estava “devastado” depois do ocorrido, que, segundo o ator, foi uma situação extremamente “dolorosa” para ele.
"Há uma diferença entre confortar e reduzir a intensidade de um conflito. Esse é o primeiro passo. Sai cedo para me assegurar que Chris estava bem. Ser amigo dos dois foi muito difícil”, começou a explicar.
Ele continuou: "Acredite, foi doloroso para todos no lugar, e para Chris, que foi um campeão pela forma com que lidou. Mas também quero que vocês entendam que algo muito doloroso aconteceu com Will. Isso não é desculpa, ele estava completamente errado pelo que fez. Mas algo deu gatilho nele — aquilo foi muito fora de quem ele é," continuou.
"Quando fomos até ele [Will], estava devastado, não conseguia acreditar no que havia feito. Olhei para os olhos dele e disse: 'O que está fazendo? Esta é sua noite,' ganhar um Oscar, um dos pontos altos da carreira e que ele queria tanto”, completou o ator.
Para Perry, Smith “está passando por muitas reflexões para tentar entender o que aconteceu."
Will Smith deu um tapa no rosto de Chris Rock após o comediante fazer uma piada com a esposa do ator, Jada Pinkett Smith. “Jada, eu te amo. Mas espero vê-la em G.I Jane 2 [a suposta sequência onde Demi Moore aparece careca]”, disse Rock à Jada.
A atriz sofre de alopecia e pareceu estar desconfortável com o comentário. Chris então continuou: “Essa foi das boas. Ok. Vou embora daqui”. Will então subiu no palco e lhe deu o tapa, gritando de volta à sua mesa: "Tire o nome de minha mulher da p*rra da sua boca".
Depois do ato, Smith foi banido do Oscar e de todos os eventos promovidos pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas até 8 de abril de 2032. Ao anunciar a punição, a academia também declarou esperar que essa decisão resulte num “tempo de cura e restauração”.