Cineasta científico disse que equipes de astrônomos estão competindo para serem as primeiras a publicar evidências de uma civilização extraterrestre
Um cineasta da NASA afirmou que telescópios na Terra podem ter encontrado evidências de vida extraterrestre inteligente, com uma possível divulgação pública prevista para o próximo mês.
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Simon Holland, cineasta científico com colaborações em projetos da BBC, National Geographic e NASA, revelou ao jornal The Mirror que duas equipes de astrônomos estão competindo para serem as primeiras a publicar evidências confirmadas de uma civilização extraterrestre.
Descobrimos uma inteligência não humana em nossa galáxia, e isso ainda não foi divulgado," declarou Holland.
Ele alega que essa informação lhe foi confidenciada por um contato no Breakthrough Listen, um programa de pesquisa científica financiado por Mark Zuckerberg, que busca sinais de civilizações além da Terra.
Segundo Holland, a descoberta inicial foi feita há alguns anos utilizando o telescópio Parkes, na Austrália. Ele afirma que os astrônomos baseados em Oxford detectaram transmissões claras de outro mundo e podem anunciar essa descoberta em breve.
Contudo, Holland mencionou a possibilidade dos chineses se adiantarem nessa revelação. "Essa é uma notícia recente, mas os chineses podem estar à frente com o FAST [Telescópio Esférico de Abertura de Quinhentos Metros], o maior do mundo desde Arecibo," explicou ao The Mirror.
Os chineses já teriam conhecimento das coordenadas do objeto alvo conhecido como BLC-1 (candidato do Breakthrough Listen 1) e estariam em uma corrida para serem os primeiros a divulgar a descoberta. BLC-1 é visto como promissor por parecer originar-se de uma "fonte pontual única".
O sinal de onda de rádio foi inicialmente detectado em abril de 2019 pelo telescópio Parkes na Austrália, numa frequência de 982 MHz, proveniente de uma região próxima a Proxima Centauri, uma estrela localizada a cerca de 4,2 anos-luz da Terra.
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Holland detalhou em um vídeo no YouTube que o Breakthrough Listen havia investido significativamente em tempo de telescópio para reexaminar cinco candidatos potenciais, entre eles o BLC-1. O foco nesse sinal deve-se ao fato dele parecer originar-se de um ponto específico e ser de "banda estreita".
Ele descreveu o sinal como semelhante às frequências utilizadas na Terra para transmissões de rádio. Um indício significativo seria o "desvio Doppler", indicando que o sinal parece vir de um planeta orbitando uma estrela distante.
Conforme o telescópio Parkes ajustava-se para compensar a rotação terrestre e manter o foco na fonte pontual, observou-se variação no sinal. Isso sugere que o planeta emissor está em rotação, algo que Holland acredita não ser decorrente de interferência humana.
Holland contatou o Dr. Andrew Simeon, investigador principal do Programa Científico Breakthrough Listen em Berkeley, questionando se BLC-1 poderia ser uma assinatura tecnológica. Segundo ele, Simeon respondeu que ainda estão analisando os dados antes de qualquer publicação.
O cineasta enfatiza que a origem dos sinais BLC-1 é diferente de qualquer fenômeno natural conhecido. Embora a equipe de Oxford tenha confirmado a análise do sinal sem divulgar sua provável origem, há expectativa sobre um anúncio futuro caso os dados sejam confirmados por Oxford ou pelos chineses.