Segundo análise dentária de um esqueleto encontrado na Tanzânia, indivíduo do Pleistoceno pode ter usado adereço bocal há 12.000 anos
Foi encontrada a possível evidência mais antiga conhecida de uso de piercing facial num esqueleto humano de, pelo menos, 12.000 anos, na Tanzânia. Conclusão partiu de análise dos dentes inferiores do indivíduo, que estão desgastados por atrito.
O principal responsável pela tese é o professor John C. Willman, da Universidade de Coimbra, como divulgou o American Journal of Physical Anthropology. Segundo o periódico, o esqueleto analisado (catalogado como OH1) foi descoberto em 1913 e possui evidências claras de modificações corporais na região da boca.
Segundo Willman em entrevista à Newsweek, o desgaste dos dentes indica o uso de um “piercing no lábio”, apesar da falta de evidências desse tipo de prática cultural anterior ao oitavo milênio antes da Era Cristã. Se a hipótese do professor for comprovada, tratar-se-á da evidência mais antiga conhecida desse hábito.
O objeto ornamental devia ter “pelo menos uma polegada de largura”, segundo fala do acadêmico. Dado que o enterramento do corpo em questão não acompanhou nenhum tipo de tesouro funerário, é difícil especular o tipo de ambiente social onde estava inserido este individuo, ou mesmo o material do qual era feito o possível piercing.