Em recente depoimento, Thayná Oliveira Ferreira afirmou que nunca viu o menino ser agredido
No início da madrugada desta quinta-feira, 7, a primeira audiência sobre o caso do assassinato do menino Henry Borel, de 4 anos de idade, foi finalizada. Na ocasião, a babá da criança foi ouvida.
Thayná Oliveira Ferreira, que trabalhou durante 25 dias na casa, foi a última a falar e mudou seu depoimento mais uma vez. Diferente das versões anteriores realizadas na delegacia, dessa vez, a profissional afirmou que nunca viu Henry ser agredido pelo padrasto, o ex-vereador Dr. Jairinho.
De acordo com informações do portal de notícias g1, Ferreira ainda disse que se sentiu usada pela mãe do garoto, Monique Medeiros e pediu para a juíza que durante seu depoimento, a ex-patroa saísse da sala.
"Me senti usada em que sentido? No sentido de que ela vinha, contava, tentava me mostrar o monstro do Jairinho e eu ficava com todas as coisas ruins na minha cabeça. Era tudo suposição da minha cabeça. Eu nunca vi nenhum ato", disse.
Segundo a babá, seu depoimento inicial — em que afirmou que por pelo menos três vezes, Henry foi agredido por Jairinho — poderia ter sido fruto de sua imaginação, por pressão de Medeiros.
"No meu entendimento era a Monique que me fazia acreditar em muita coisa e por isso a minha cabeça estava transtornada e eu começava a imaginar um monstro, mas ali no quarto poderia não estar acontecendo nada e eu estava imaginando um monte de coisa”, disse Thayná.
No domingo de 7 de março de 2021,o engenheiro Leniel Borel deixou seu filho Henry na casa da mãe do garoto, sua ex-esposa Monique. Segundo a mulher, via UOL, o menino teria chegado cansado, pedindo para dormir na cama que ela dividia com Jairinho.
Por volta das 3h30 da madrugada, o casal foi verificar o pequeno e acabou encontrando Henry no chão, já desacordado. Monique e o vereador levaram o garoto às pressas para o hospital, enquanto avisavam Leniel, que, desconfiado, abriu um Boletim de Ocorrência.
O caso começou a ser investigado no mesmo dia e, até hoje, a polícia já ouviu cerca de 18 testemunhas. Tendo em vista que a morte do garoto foi causada por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente”, os oficiais já reuniram provas o suficiente para descartar a hipótese de um acidente, segundo o G1.
Em maio, então, a Justiça do Rio de Janeiro denunciou Dr. Jairinho e Monique Medeiros pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura, fraude processual e coação no assassinato de Henry. Eles estão presos preventivamente desde então.