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Notícias / Prostituição

Brasileiros são deportados da Nova Zelândia por ligação com prostituição

A prostituição foi legalizada no país, mas pessoas com visto temporário não podem se envolver com indústria

Éric Moreira Publicado em 18/08/2022, às 11h52

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A prostituição foi legalizada na Nova Zelândia em 2003, menos a portadores de visto temporário - Foto por Gerd Altmann pelo Pixabay
A prostituição foi legalizada na Nova Zelândia em 2003, menos a portadores de visto temporário - Foto por Gerd Altmann pelo Pixabay

Um casal de brasileiros que vivia na Nova Zelândia desde 2016 foi deportado recentemente após a identificação pelo serviço de imigração local de que eles estavam envolvidos em rede de prostituição. O homem, de 32 anos, e a mulher, de 34, nasceram em Salvador e eram casados desde 2012, e já tinham parentes no país da Oceania.

A investigação do caso aconteceu ao longo do ano passado inteiro e, por fim, em maio deste ano um tribunal optou pela deportação do casal e seus filhos — de dez meses e e três anos. Para que pudessem juntar recursos para retornarem ao Brasil, porém, o governo neozelandês forneceu-lhes um visto de trabalho de três meses.

Início do processo

Em março do ano passado, quando o homem foi solicitar a renovação de seu visto na Nova Zelândia, ele teve seu pedido negado sob afirmação de que não seria um candidato de 'boa-fé', como informado pela Folha de S. Paulo. E assim se iniciou o processo de deportação do casal, cujo homem, que trabalhava como gesseiro, foi acusado de prestar serviços a brasileiras que desejavam se prostituir no país.

Vale destacar que a prostituição não é criminalizada no país neozelandês, para maiores de 18 anos, desde 2003. No entanto, portadores de visto temporário são impedidos de se envolverem com tais práticas comerciais para que o tráfico sexual seja inibido.

Bandeira da Nova Zelândia, país da Oceania em que a prostituição é descriminalizada desde 2003
Bandeira da Nova Zelândia, país da Oceania em que a prostituição é descriminalizada desde 2003 / Foto por Jayswipe pelo Wikimedia Commons

Além do mais, a acusação não veio ao acaso: desde maio de 2020, o setor de imigrações da Nova Zelândia vinha promovendo uma investigação em torno de um ramo de prostituição de brasileiras no país, depois de uma mulher ter revelado trabalhar no ramo. Ali, as mulheres passariam a se envolver com um administrador anônimo que indicaria onde poderiam trabalhar, e quanto cobrar — em troca de parte dos lucros.

Último argumento

Em último ato para tentar permanecer no país da Oceania, o casal brasileiro tentou apelar à argumentos de natureza humanitária: apontaram não ter trabalhos ou redes de apoio no Brasil, o alto índice de criminalidade, baixas condições econômicas e a precariedade do sistema de saúde e das redes de ensino.

Porém, em resposta, o tribunal neozelandês apontou reconhecer os problemas sociais e de saúde enfrentados no Brasil, mas não havia provas de que o casal poderia estar em risco aqui. Por fim, o casal, que não tiveram seus nomes revelados, deixaram a Nova Zelândia no dia 4 de agosto.


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