Após a morte de brasileira grávida e do marido em Lisboa, ocorreram registros de explosões e carros incendiados nas proximidades
Publicado em 03/10/2024, às 13h10
Na última quarta-feira, 2 de outubro, uma notícia triste foi registrada em Lisboa, capital de Portugal. Durante a noite, um casal de brasileiros — Fernanda Júlia, que inclusive estava grávida, e o taxista Bruno Neto — foi morto a tiros em frente a uma barbearia no bairro de Penha de França. Após esse episódio revoltante, carros foram incendiados nas redondezas.
Conforme repercute o UOL, o casal parou na frente de uma barbearia na região, para cumprimentar o amigo Carlos Pina, dono do estabelecimento. Porém, um vizinho do barbeiro — que teria se incomodado depois que Carlos se recusou a cortar o cabelo dele no dia anterior — surgiu, e disparou não só contra o homem, mas também contra os brasileiros que estavam juntos.
Segundo o jornal Visão, a polícia portuguesa local alegou que o crime foi cometido por "motivos fúteis", e acarretou na tragédia em questão, em que as três pessoas presentes e o bebê que a brasileira gerava morreram. Após o ataque, o atirador fugiu. Vale mencionar que o casal já tinha uma criança de apenas cinco anos; e o barbeiro deixou cinco filhos, um deles ainda bebê.
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Após o ataque, conforme informou uma fonte ao jornal português Correio da Manhã, o atirador e outros dois homens fugiram a pé para a estação ferroviária de Santa Apolônia, de onde fugiram de carro. A placa do veículo, por sua vez, já foi identificada, e o trio foi preso na manhã desta quinta-feira, 3.
Antes mesmo de os suspeitos serem presos, o episódio já provocou revolta nas ruas de Lisboa, e ainda na noite desta quarta-feira, 2, dois carros foram incendiados na rua Henrique Barrilaro Ruas, em Penha de França, a poucos metros do local dos disparos.
Após esses registros, a rua inclusive precisou ser evacuada. O canal português SIC apontou que ocorreram registros de explosões e carros que "queimaram por completo".
Agora, o Itamaraty acompanha o caso, e o Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou ao UOL que o Consulado-Geral em Lisboa "permanece à disposição dos familiares da vítima para prestar a assistência consular cabível".
"Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros", conclui a nota.