Sam Robinson estuda fisiologia da dor e tem como objetivo buscar por novas aplicações biomédicas, aceitando até picadas de cobra
Nesta terça-feira, 27, o jornal ABC News divulgou a história do cientista Sam Robinson, do Instituto de Biociência Molecular da Universidade de Queensland, na Austrália, que faz sucesso nas redes sociais ao divulgar suas experiências intencionais com mordidas, picadas ou lesões por plantas e animais.
O objetivo, segundo ele, é buscar por novas aplicações biomédicas e entender como elas reagem no corpo. Em seu site oficial, Robinson revela que já experienciou as dores com mais de 200 seres vivos e que ele realizada os estudos em “nome da ciência”.
Estou interessado no que diferentes animais e plantas estão usando para se defender, e como essas moléculas funcionam no corpo humano até o nível molecular essencial".
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Além disso, de acordo com informações publicadas pela revista Galileu, a complexidade dos diferentes tipos de machucados exige que haja uma inovação dos medicamentos disponíveis no mercado:
Para fazer novas drogas que aliviem diferentes tipos de dor, precisamos de uma compreensão fundamental de exatamente o que essas drogas devem visar", afirma o biólogo molecular.
Apesar de muitas pessoas considerarem as práticas do profissional algo imprudente, antes dos experimentos, ele realiza uma série de estudos e pesquisas para se certificar de que nenhuma reação mais grave acontecerá.
Robinson também utiliza a escala Schmidt para descrever a dor que sente, sendo uma variação de 1 a 4, e uma lista que inclui aranhas, vespas e escorpião.
Em um experimento divulgado em sua conta oficial do Instagram, o pesquisador disse que sofreu uma picada de centopeia ruiva (Scolopendra morsitans), sendo classificada como a segunda mais dolorida (3,5 na escala).
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A primeira colocação fica com a vespa Heterodontonyx bicolor, conhecida por ser caçadora de aranhas australianas, chegando a um nível de dor de 4 na escala.
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