As aeronaves buscam medidas de proteção ao saírem do aeroporto de Cabul
A retirada dos militares e civis de Cabul foi movida por agilidade e artifícios que pudessem assegurar um pouco mais de segurança. Além de aeronaves lotadas, comportando um número acima de sua capacidade, algumas demonstraram novos métodos para se proteger de eventuais ataques, segundo o portal de notícias UOL.
Com o objetivo de escapar de mísseis, o avião militar Airbus A400M decolou do aeroporto de Cabul lançando flares, que são artefatos semelhantes a fogos de artifícios. O equipamento é utilizado como defesa aérea para despistar armamentos guiados por infravermelho.
Os mísseis confundem o calor dos flares e se encaminham para o alvo falso. Assim, a aeronave ganha tempo para fugir da ameaça. O modelo C-390 Millennium, produzido pela Força Aérea Brasileira (FAB), também é protegido com os dispositivos irradiadores de infravermelho.
Evacuations continued from the Kabul airport on Saturday after a backlog of evacuees caused an 8 hour pause in flights on Friday. The subsequent chaos caused empty flights last night, with two flights carrying just seven and eight people. pic.twitter.com/0DZZ5v0vYL
— CBS News (@CBSNews) August 21, 2021
Outra forma de evitar ataques, as manobras também são utilizadas para proteção. Como medida de segurança, muitos aviões saem de Cabul com o voo em espiral, que evita locais já dominados pelo Talibã, pois é possível atingir determinada altitude, onde estão protegidos de ataques terrestres.
Apesar de todos os métodos para sair em segurança, as medidas não seriam para prevenir ataques do Talibã, mas sim do Estado Islâmico Khorasan (Isis-K, na sigla em inglês).