Jacob Hersant, de 25 anos, executou a saudação e exaltou Adolf Hitler diante das câmeras: 'Continuarei fazendo, mas espero que policiais não vejam'
Redação Publicado em 08/10/2024, às 13h25
Um homem autointitulado nazista tornou-se a primeira pessoa condenada no estado de Victoria, na Austrália, por realizar uma saudação nazista proibida. O incidente ocorreu seis dias após o governo do estado de Victoria tornar ilegal a realização do gesto.
Jacob Hersant, de 25 anos, executou a saudação e exaltou o líder nazista Adolf Hitler diante das câmeras de mídia em frente ao Tribunal do Condado de Victoria em 27 de outubro de 2023, após comparecer ao tribunal por uma acusação não relacionada.
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Ao falar com repórteres fora do tribunal, Hersant mencionou que poderia considerar recorrer a uma instância superior. Ele afirmou não reconhecer necessariamente que teria feito a saudação nazista quando foi filmado por câmeras da mídia um ano atrás.
Mas eu faço a saudação nazista e sou um nazista", declarou Hersant. "Continuarei a fazer a saudação, mas espero que policiais não vejam."
Em dezembro, o Parlamento Federal aprovou legislação que proíbe em todo o país a execução pública da saudação nazista ou a exibição e comercialização de símbolos de ódio nazistas.
Um magistrado em Melbourne considerou Hersant culpado, rejeitando os argumentos da defesa de que o gesto não era uma saudação e que a proibição violava inconstitucionalmente a liberdade implícita de comunicação política de Hersant.
A sentença de Hersant está marcada para quarta-feira e ele pode enfrentar até 12 meses de prisão e uma multa.
Em junho, três homens foram condenados por realizar a saudação nazista durante uma partida de futebol em Sydney em 1º de outubro de 2022. O estado de Nova Gales do Sul já havia banido símbolos nazistas em 2022. Eles foram multados e recorreram da decisão.
Dvir Abramovich, presidente da Comissão Anti-Difamação e destacado opositor do antissemitismo na Austrália, expressou profundo alívio com o veredicto. "Este é um dia histórico e retumbante para justiça e decência", afirmou, conforme repercutiu o The Independent.
