Os homens estavam tentando fugir para Taiwan quando foram detidos; o julgamento não foi aberto à imprensa internacional
Na última segunda-feira, 28, um julgamento realizado na China condenou ativistas pró-democracia de Hong Kong a penas de até três anos de prisão. Eles estavam tentando fugir do país em um trajeto feito pelo mar, com a intenção de chegar até Taiwan, quando foram detidos pela Guarda Costeira chinesa em 23 de agosto.
Doze homens foram presos e levados até a polícia de Shenzhen, na China. Eles foram acusados em tribunal por terem feito o percurso sem permissão, visto que a passagem de uma região para a outra por meio do mar requer uma autorização dada pela própria China.
O julgamento foi realizado sem a presença da imprensa internacional. Para o ministro britânico das Relações Exteriores, Dominique Raab, é extremamente preocupante que os presos tenham sido "julgados em segredo".
Dois dos homens foram condenados a dois e três anos de prisão, sob a acusação de terem sido os "organizadores de travessia ilegal da fronteira". Oito pessoas do grupo eram apenas passageiros, não ativistas, e receberam penas de sete meses por "travessia ilegal da fronteira".
Outros dois eram menores de idade, que foram entregues às autoridades de Hong Kong nesta quarta-feira, 30.
De acordo com a Promotoria do distrito de Yantian, todos os detidos “admitiram sua culpa” no julgamento realizado na China, o que fez com que eles recebessem penas mais flexíveis em suas condenações.