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Notícias / Thatcher

Arquivos revelam que Thatcher ficou ‘totalmente abalada’ por revelações em livro

Os arquivo revelados recentemente evidenciaram a insatisfação da ex-primeira-ministra britânica com revelações em livro de oficial

Redação Publicado em 29/12/2023, às 16h49

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A ex-primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher - Getty Imagens
A ex-primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher - Getty Imagens

Novos documentos tornados públicos revelaram que a ex-primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, ficou "totalmente abalada" com as revelações contidas no livro "Spycatcher", escrito pelo oficial reformado do MI5, Peter Wright.

Esses arquivos evidenciam os dilemas enfrentados pelo governoThatcher ao tentar suprimir a publicação, incluindo a consideração de uma "solução" extrajudicial mediada pelo magnata australiano dos meios de comunicação social, Kerry Packer.

As alegações de Wright,ex-diretor assistente do MI5, incluíam grampos em embaixadas, conspirações contra o primeiro-ministro Harold Wilson e a acusação de que o diretor-geral do MI5, Sir Roger Hollis, era uma toupeira soviética. O livro foi proibido no Reino Unido em 1985, mas foi publicado na Austrália e nos EUA após o governo perder uma batalha legal contra Wright em Sydney, em 1987.

Os documentos revelam o governo perdendo o controle durante uma batalha legal complexa, à medida que extratos do livro apareciam em jornais e livrarias em todo o mundo, segundo informações do The Guardian.

Descontentamento profundo

Embora o governo argumentasse que as alegações não eram novas e já haviam sido investigadas sem encontrar evidências pelo MI5, Thatcher expressou em 1986: "Estou totalmente abalada pelas revelações do livro. As consequências da publicação seriam enormes".

O temor residia na credibilidade de Wright, considerado um "insider", e o governo buscou uma liminar baseada em seu "dever de confidencialidade". O advogado de Wright, Malcolm Turnbull, propôs uma solução mediada por Kerry Packer, sugerindo que Thatcher reconhecesse os problemas com "velhos espiões querendo contar suas histórias".

Em troca, seria permitido que Wright publicasse, desde que o governo adotasse um sistema semelhante aos EUA, onde agentes podem solicitar permissão para publicar.

O livro foi finalmente liberado para venda no Reino Unido em 1988, após a Câmara dos Lordes reconhecer que não continha segredos.Wright foi impedido de receber royalties no Reino Unido. Wright faleceu em 1995, aos 78 anos.