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Arqueólogos descobrem restos mortais de cirurgião de cultura pré-inca

Buscas demoraram mais de 1 ano e foram registradas no Peru

Alan de Oliveira | @baco.deoli sob supervisão de Penélope Coelho Publicado em 13/04/2022, às 09h11

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Descoberta de civilização Sincán - Reprodução: Agência Andina
Descoberta de civilização Sincán - Reprodução: Agência Andina

Na província peruana de Ferreñafe, arqueólogos acharam restos mortais de cirurgião da antiga cultura Sicán, civilização histórica que existia antes mesmo dos incas. É a primeira vez que se tem registros desse tipo no norte do Peru. Os achados foram divulgados em março pela agência de notícias Andina.

A responsabilidade do achado fica creditada aos especialistas do Museu Nacional Sicán na necrópole sul do Templo Mausoléu de Huaca Las Ventanas, localizado no Santuário Histórico da Floresta do Pomac. O diretor da instituição, Carlos Elera, afirmou que a descoberta veio de uma série de escavações arqueológicas que ocorreram entre 2011 e 2012.

Entretanto, com as fortes ameaças de inundação do rio La Leche, o solo e restos mortais foram removidos por segurança, em uma caixa de preservação. Após o apoio financeiro do National Geographic Fund, o conteúdo finalmente começou a ser estudado ainda em outubro de 2021, revelando que o Sicán viveu no período Sicán Médio (900-1050).

"O embrulho funerário incluía uma máscara dourada pigmentada com cinábrio, bem como um peitoral e uma espécie de poncho com placas de cobre e um aparador de pelos de ouro. O mais interessante era o conjunto de furadores, agulhas e facas, várias delas com uma ponta cortante de um lado e uma ponta cega do outro; os tamanhos variam, e algumas têm cabos de madeira”, descreveu Elera à agência Andina.

Os Sicán se destacaram na arquitetura e se tornaram grandes navegadores. Embora não tenham atingido o tamanho do Estado Moche, nem sua complexidade política, não há dúvida de que nessas artes eles foram seus discípulos favoritos. Viveram de meados de 750 até os anos de 1375.