O local de extração do objeto, que é produzido no interior de ostras, foi datado do século 6
Na Ilha de Siniyah, localizada nos Emirados Árabes Unidos, arqueólogos foram capazes de descobrir, durante uma escavação, as ruínas da mais antiga cidade de extração de pérolas do Golfo Pérsico.
O local remonta ao século 6, portanto, de um período que é anterior à chegada dos povos islâmicos na região. Dessa forma, seus habitantes seriam provavelmente cristãos.
É a ancestral espiritual de cidades como Dubai", comentou Timothy Power, pesquisador envolvido na análise do lugar, segundo divulgado pelo Physo. org.
O terreno da antiga cidade estava repleto de conchas de ostras descartadas. Como a formação de pérolas no interior desses seres é muito rara, faz sentido que um lugar especializado em extraí-las teria abandonado conchas abertas.
Você só encontra uma pérola em cada 10.000 conchas de ostra. Você tem que encontrar e descartar milhares e milhares de conchas de ostra para encontrar uma. O desperdício, o desperdício industrial do comércio de pérolas foi colossal. Você está lidando com milhões, milhões de conchas de ostras descartadas", explicou Power ainda.
O comércio de extração de pérolas possui uma longa história nos Emirados Árabes, já tendo sido de grande importância para sua economia.
A venda desses itens preciosos formados no interior de ostras, no entanto, entrou em declínio após a Primeira Guerra Mundial devido à crise econômica gerada pelo conflito. O concomitante advento das pérolas artificiais também abalou essa atividade comercial. Hoje em dia, vale lembrar, a base da economia do país árabe é a mineração de petróleo.