Obra escrita por Adolf Hitler, em 1923, é considerado um dos primeiros registros onde o ditador alemão demonstra seus ideais antissemitas
No fim da manhã de ontem, 25, um adolescente de 16 anos invadiu duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo, e promoveu um atentado que terminou com a morte de três pessoas.
Filho de um tenente da PM, o acusado usou duas armas pertencente a seu pai para pôr em prática o ataque, que já vinha sendo planejado há dois anos. Um dos revólveres pertence à corporação que seu pai trabalha e outro é de uso particular.
Um fato que chama a atenção do caso, segundo relatado pelo UOL, é que o pai do adolescente, antes do atentado, havia feito uma publicação em suas redes sociais compartilhando uma imagem do livro Mein Kampf (“Minha Luta”, em tradução livre), escrito por Adolf Hitler.
Escrito em 1923, e publicado em julho de 1925, o livro é conhecido por ser um dos primeiros registros onde o ditador alemão expõem seus ideais antissemitas. Por conta de seu conteúdo, a publicação é proibida em alguns países.
Em outubro deste ano, conforme recorda matéria publicada pela equipe do site do Aventuras na História, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) decidiu, através do colegiado da Primeira Câmera Cível, manter o impedimento do site Estante Virtual, plataforma de comercialização e revenda de livros, de anunciar a venda de Mein Kampf.
Segundo a lei n.º9.459/97 do Código Penal brasileiro, fazer apologia ao nazismo é crime. A pena prevista para tal ato é entre 2 e 5 anos de reclusão, além de multa. Entretanto, vale ressaltar, ler a obra não configura crime.