A Justiça indiana julgou se o beijo do ator norte-americano na bochecha de Shilpa Shetty era um crime de 'obscenidade'
Um tribunal indiano inocentou, 15 anos após a abertura do processo, a atriz Shilpa Shetty das acusações de "obscenidade". Em abril de 2007, a estrela de Bollywood apresentava um evento de conscientização sobre a AIDS junto ao ator norte-americano Richard Gere, quando foi beijada forçadamente na bochecha pelo astro.
Na época, o palco público em Delhi virou alvo de um intenso debate que chegou a causar protestos na capital do país, com homens queimando fotografias dos atores e até um boneco de pano do ator. Gene se desculpou publicamente, mas justificou que tentava mostrar que beijar era um ato seguro, que não transmite o HIV.
Somente em janeiro de 2022 o tribunal considerou as acusações como “infundadas”, acrescentando que Shilpa foi vítima de um “gesto indesejado” e que jamais fez questão de incomodas hinduístas por insultar valores indianos ao beijar em público. Na época, Gere chegou a ter um mandato de prisão protocolado, mas foi rejeitado pela Suprema Corte do país.
A defesa da atriz baseou-se em argumentar que ela não apenas foi surpreendida com o beijo, mas também que era injusto considerá-la autora da obscenidade por não ter rejeitado a intervenção do astro de Hollywood, visto que tratava-se de um evento contratado com uma grande estrela internacional.