A história por trás do assassinato de Daniella Perez trouxe a tona tudo o que não foi divulgado no ano de 1992, mas não foi apenas esse crime que tomou a proporção do estrelato
Saiu na HBO o documentário ‘Pacto Brutal’ que ganhou uma proporção extremamente absurda, trazendo a verdade dos fatos ocorridos na morte de Daniella Perez, enquanto a novela de sua mãe, Gloria, fazia sucesso.
Os jornais brasileiros não publicam outra coisa, até mesmo o acusado e condenado, falou sobre o tal documentário. E o mais importante nisso tudo, é que o cinema, a arte, traz ao público explicações e a aproximação dos casos que marcaram suas vidas enquanto assistiam o jornal na televisão.
A arte aproxima as pessoas daquilo que mexe com os sentimentos, afinal, uma protagonista, a então provável futura namoradinha do Brasil, não poderia mais estar nas novelas, filmes, entre outras produções. Os pôsteres estampados nas paredes das adolescentes, já não faziam mais sentido.
Mas não foi só este caso da intérprete da dançarina em ‘De corpo e alma’ que ganhou um espaço grande na mídia com revelações cinematográficas ou televisivas, muitos outros foram retratados de uma forma que o público jamais vai esquecer.
Recentemente tivemos o longa ‘A Menina que Matou os Pais’ e a espécie de spinoff ‘O Menino que Matou os Meus Pais’ que relatam as versões dos assassinos confessos, Daniel Cravinhos e da filha do casal, Suzane von Richthofen.
Ainda, muitos outros crimes, ou criminosos foram parar no estrelato.
Com direção de Henrique Goldman e roteiro de George Moura, o filme conta sobre o assassino de aluguel brasileiro que matou mais de 490 pessoas em 35 anos de carreira, se é que podemos chamar assim.
Apesar de não ter feito tanto barulho na mídia como os demais, o longa retratou de forma muito visceral a vida de Júlio Santana. Pai exemplar, marido idôneo, mas o que não sabiam era seu segredo mais profundo, o que ele fazia para sobreviver. Disfarçado de policial para família e amigos, o pistoleiro conseguiu ficar impune.
Ganhou duas versões, o longa ‘Última Parada 174’ (2008) dirigido por Bruno Barreto, escrito por Bráulio Mantovani; e o documentário ‘Ônibus 174 (2002)’, dirigido por José Padilha. Ambos contam a história do sequestro de um transporte público no Rio de Janeiro.
O primeiro é voltado ao criminoso Sandro do Nascimento, sobrevivente da chacina da Candelária que resolveu colocar passageiros na mira de um revolver; e o segundo baseado em documentos sobre o fatídico dia.
Conta a vida e morte do jornalista que escancarou o crime organizado na cidade maravilhosa e, por conta de uma de suas matérias, muitos traficantes foram presos.
Quando foi gravar um baile funk para uma reportagem, acabou no que chamam de micro-ondas, gruta utilizada para os assassinatos. Tim teve uma morte brutal promovida pelos criminosos, e ordenada pelo famoso líder de uma facção Elias Maluco. A direção é de Guilherme Azevedo e roteiro de Bruno Quintella.
A história que chocou o Brasil. Levava no nome a autoridade máxima religiosa e fez vitimas em seu local sagrado, onde curava as pessoas. João de Deus tinha mesmo o dom? Não sabemos, mas de fato usou toda sua persuasão para o bem e para o mal, isso é mostrado no documentário produzido pela Netflix.
Dirigido e roteirizado por Rogério Sganzerla, o longa mostra como o criminoso paulistano, João Acácio Pereira, conhecido como Bandido da Luz Vermelha, apavorou a maior metrópole brasileira, com seus roubos e, algumas vezes, seguidos de assassinatos e estupros. O bandido ficou conhecido por sua forma extravagante de invadir as casas, com sua lanterna de luz vermelha e, também, por como gastava o dinheiro.
Em formato de podcast, com mais de 4 milhões de downloads, a história do menino Evandro, que foi sequestrado aos 6 anos em 1992 na cidade de Guaratuba, no Paraná, encontrado mutilado foi contada. O caso ficou muito famoso depois de sete pessoas confessarem envolvimento em um sacrifício ritualístico. Dizem que terá uma série do crime por vir.
Esse é o tipo de longa que todos deveriam ver. Além de trazer uma época antiga do cinema brasileiro, com propriedade, mostra a história da injustiça no Brasil. Os irmãos Naves, comerciantes de cereais na cidade de Araquari, no interior de Minas Gerais, são acusados de matar o próprio primo após irem dar queixa do sumiço dele na delegacia. Em época de ditadura, eles sofrem todos os tipos de tortura para confessar.
Ainda, tem muitos casos que ganharam repercussão, como ‘O Lobo Atrás da Porta’ (2014), ‘Macabro’ (2020), ‘Elize Matsunaga – Era Uma Vez um Crime’ (2021), entre outros, um prato cheio para quem gosta de true crime.