Resultados iniciais apontam que o melhor amigo do homem pode ajudar a combater a pandemia
Em um esforço de pesquisa internacional liderado por Dominique Grandjean da Escola Nacional de Veterinária de Alfort, na França, cachorros têm sido treinados desde março para usarem seu olfato apurado na identificação de vestígios da Covid-19.
O treinamento funciona expondo os cães à amostras de suor retiradas de pessoas infectadas pelo vírus. Depois, eles precisam procurar qual é a amostra contaminada em uma fileira de outras amostras, tarefa no qual a maioria dos animais têm demonstrado nada menos que 100% de precisão.
“O suor é usado para os testes pois não é considerado infeccioso. Isso significa que ele apresenta menos riscos no manuseio das amostras”, escreveram duas das pesquisadoras no The Conversation. Foi descoberto também que os cachorros detectores eram capazes de farejar a Covid-19 mesmo em indivíduos assintomáticos, servindo como um teste instantâneo para o vírus.
Nos Emirados Árabes Unidos, os cães treinados já estão auxiliando na segurança dos aeroportos. Outros países também aderiram ao treinamento, como Chile, Argentina, Bélgica e Brasil. A preparação dos cães pode durar de 6 semanas a 6 meses, dependendo se o cachorro já está habituado a identificar aromas ou não, e a raça mais comum a ser usada é o pastor alemão.