Encarcerado desde 2016, Mahmoud Hussein corre risco de ser infectado pelo coronavírus
A famosa emissora do Qatar Al Jazeera exigiu a libertação do repórter Mahmoud Hussein, preso pela ditadura do general al-Sisi e declarou que "responsabilizará o Egito" pela saúde do jornalista, que está confinado em uma sela superlotada em meio ao surto do coronavírus. O país mantem Hussein em cárcere há três anos.
"É inaceitável que Mahmoud seja detido pelas autoridades egípcias por quase 1.200 dias por ser apenas jornalista, com acusações infundadas e injustificadas", protestou Mostefa Souag, diretor-geral da Al Jazeera Media Network em comunicado.
"Nas circunstâncias atuais, com a disseminação do coronavírus e os riscos à saúde associados a ele, Mahmoud e outros jornalistas estão expostos a riscos extremos", acrescentou Souag. "É escandaloso que esses jornalistas detidos sejam submetidos a condições tão desumanas”.
O jornal ainda clamou pela solidariedade internacional ao repórter e outros profissionais do ofício confinados pelo governo egípcio. É exigida a libertação imediata dos reféns políticos.
"Não podemos e não permaneceremos em silêncio diante dessa injustiça repugnante que nossos colegas continuam a suportar", declarou a plataforma, em referência à prisão sem julgamento ocorrida em 2016, que sequer apresentou acusações concretas.