Ao longo da história, nem todas as grandes descobertas arqueológicas pelo mundo foram premeditadas; confira algumas importantes descobertas acidentais!
Toda semana, uma série de descobertas arqueológicas relevantes são divulgadas pela comunidade científica, descrevendo contextos históricos e civilizações que, por vezes, já não existem mais.
Assim, o campo da arqueologia se mostra uma área extremamente frutífera e que vale a atenção, capaz de revelar novos detalhes sobre a história de regiões do planeta.
Hoje, são empregadas tecnologias de ponta em sítios arqueológicos, como métodos de análise por raios-x e a datação por radio-carbono para determinar a data dos achados, que possibilitam descobertas que, há décadas, por exemplo, não seriam possíveis.
Porém, tanto hoje quanto no passado, o mundo da arqueologia já foi surpreendido com achados acidentais. Confira a seguir cinco descobertas arqueológicas notórias feitas acidentalmente!
Conforme repercutido pelo The Washington Post, na primavera de 1947, um pastor beduíno aleatoriamente jogou uma pedra em uma caverna do sítio arqueológico de Qumran, na Cisjordânia. Como resultado, percebeu que o objeto atingiu algo que estava no local, o que o intrigou.
Assim surgiu uma das maiores descobertas da História: os chamados Manuscritos do Mar Morto. Isso porque estes são considerados os fragmentos do exemplar mais antigo da Bíblia Hebraica — ou seja, das origens do Cristianismo — já encontrada, datada aproximadamente do século 4 a.C.
+ Qual o conteúdo revelado nos Manuscritos do Mar Morto?
Em 1940, crianças que brincavam com seu cachorro descobriram próxima à vila de Montignac, na região de Dordonha, na França, a chamada Caverna Lascaux. O que não esperavam é que o local seria abrigo de uma das mais impressionantes coleções de pinturas rupestres do mundo.
Logo após o achado, as crianças relataram a descoberta a um professor. O profissional acionou especialistas em arte rupestre que, rapidamente, autenticaram a antiga galeria como um dos locais de arte rupestre do Paleolítico mais extraordinários do mundo.
Em 1991, o casal de alpinistas alemães Helmut e Erika Simon realizavam, em meados de setembro, um trajeto na fronteira entre a Áustria e a Itália, nos Alpes de Ötzal. Na região, encontraram o que poderia ser o corpo de outro aventureiro. Entretanto, tudo mudou quando observaram mais de perto: notaram que aquilo poderia ser muito mais antigo do que imaginaram.
Depositado sobre um terreno recoberto por musgos, aquele corpo ficaria conhecido Ötzi, o "homem do gelo". O corpo foi mumificado no frio dos alpes, a uma altitude de mais de 3 mil metros. Pesquisas indicam que ele esteve na região há mais de 5 mil anos.
+ Ötzi: Existem descendentes do ‘homem do gelo’?
Em julho de 1799, enquanto soldados franceses a serviço de Napoleão Bonaparte ampliavam um forte na região do Baixo Egito, o oficial francês Pierre-François Bouchard descobriu o que parecia apenas um pedaço de granito. Porém, aquela se mostraria como uma das descobertas arqueológicas mais importantes de todos os tempos: a Pedra de Roseta.
Datada aproximadamente 196 a.C., a peça foi importante ao ajudar arqueólogos da posteridade a, finalmente, decifrarem os primeiros hieróglifos egípcios, a partir de uma tradução para o grego antigo que, por sua vez, era mais fácil de ser compreendido.
Em 1974, um grupo de fazendeiros que cavava poços perto de Xi'an, na China, se deparou com um objeto que rapidamente despertou curiosidade: a estátua de um guerreiro feita em terracota.
Porém, era apenas a ponta do iceberg: com a progressão das escavações no local, mais e mais guerreiros seriam encontrados, revelando inúmeras figuras semelhantes.
O lendário Exército de Terracota, por sua vez, conta não só com soldados, mas também com concubinas, administradores e servos. As figuras foram deixadas na tumba de Qin Shi Huang, o primeiro imperador da China. Com mais de 2 mil anos, estas estátuas ajudariam o líder chinês a conquistar também o mundo pós-vida.