O local, que ficou em segredo durante milénios, foi encontrado por acaso na Romênia em 1986
Grande parte do planeta Terra ainda permanece um mistério para nós. Em diferentes lugares do globo ainda há o que ser descoberto, e foi assim o caso de uma caverna, que ficou em segredo por milhões de anos, até ser encontrada em 1986.
Na Romênia, perto do Mar Morto, está localizada a caverna de Movile, 25 metros abaixo da superfície. Seu lugar inusitado e de difícil acesso, permitiu que algo raro acontecesse. Por 5,5 milhões de anos ela permaneceu longe do conhecimento da humanidade — e continuaria mais se não fosse identificada por acaso.
No ano de 1986, durante obras para a construção de uma usina elétrica, a caverna foi vista pela primeira vez por Cristian Lascu. O ambiente lá era diferente de qualquer um já visitado antes: completamente sem luz, sem oxigênio, com um reservatório de água, uma temperatura constante de 25°C e túneis subterrâneos repletos de bichos. Era notório que a vida existia em um espaço tão hostil.
Enigmas e preservação
Desde então, autoridades romenas e, por vezes, de outras nações, realizam estudos na gruta que ainda são muito limitados; apenas 20 cientistas são autorizados a entrar lá e, apenas, três por vez. Devido a difícil localidade e o alto nível tóxico no ar, é necessário que os pesquisadores adentrem com muitos equipamentos de oxigênio, mas quando conseguem, são apresentados a um ecossistema completo e incrivelmente preservado.
“A atmosfera da rede de cavernas é composta de hidrogênio sulfuroso, metano, nitrogênio, gás carbônico e pouquíssimo hidrogênio”, relatou Françoise Athias-Binche, pesquisadora do Observatório Oceanológico de Nanyuls, França. A estudiosa trabalha em parceria com o governo romeno, e possui autorização para visitar a caverna.
Muitos enigmas foram desvendados, porém a descoberta ainda é recente, apenas 34 anos atrás ninguém estava preparado para lidar com algo assim. Logo, muitos detalhes ainda estão sendo estudados.
Sabe-se que uma grande quantidade de espécies habita o local, que parece o habitat ideal para eles, entre os bichinhos estão: aranhas, escorpiões, sanguessugas, centopeias, crustáceos e minhocas — ao todo são 47 vertebrados já catalogados nas últimas décadas. Muitos desses são únicos e desenvolveram características próprias para se adequar ao ecossistema mais isolado do mundo.
Entre os que perderam o pigmento dos olhos e outros que não possuem visão nenhuma, as antenas exercem um papel fundamental para a locomoção e alimentação. A manutenção da vida é feita graças a uma bactéria quimiossintética, cuja função é extrair carbono do ar (do metano e do dióxido de carbono), assim, ela consegue nutrir toda a caverna.
Um olhar para o futuro
Não só um vislumbre do passado a caverna oferece, já que os cientistas acreditam que os animais já habitavam o local há milhões de anos, possibilitando pesquisas que têm como objetivo entender a Terra antiga.
Essa forma de “prisão”, também pode auxiliar na previsão de um futuro distópico causado pelo aquecimento global. Os estudiosos acreditam que essas bactérias que sobrevivem no ambiente tóxico e quente, terão alguma resposta no combate contra as mudanças climáticas.
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