Filme biográfico, que narra a conquista da Copa do Mundo de Rugby de 1995 pela seleção da África do Sul, será exibido nesta terça na Sessão da Tarde
Na TV Globo, Sessão da Tarde de hoje, 14, exibe o filme Invictus (2009) — que narra a conquista da África do Sul da Copa do Mundo de Rúgbi de 1995, quando o país já superava o fim do Apartheid.
Baseado em fatos, o longa mostra as consequências do período e como o esporte promoveu o separatismo racial no país, visto que era considerado um símbolo de domínio racial por ser praticado majoritariamente por brancos.
Entretanto, a conquista da Copa do Mundo só foi possível graças a ajuda de Chester Williams, único jogador negro daquela seleção e retratado no filme. Mas o que aconteceu com o atleta?
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Por ser o único atleta negro em uma seleção exclusivamente composta por atletas brancos, os torcedores do "Springbooks" — como o time nacional de rúgbi era chamado — duvidaram da capacidade de Chester Williams.
A princípio, sua presença no time era considerada uma manobra política vazia orquestrada pelo então presidente Nelson Mandela. Porém, devido sua habilidade ímpar, Williams se tornou nome fundamental da conquista — se tornando um herói nacional por conta de seu desempenho.
Chester Williams se manteve ativo até 2001, quando se aposentou e virou treinador de rúgbi. Segundo recorda o UOL Esportes, ele até mesmo chegou a comandar a seleção sul-africana.
O atleta faleceu de maneira precoce em 2019, aos 49 anos, vítima de um ataque cardíaco. Naquele mesmo ano, a seleção da África do Sul conquistou a Copa do Mundo e sua morte foi vista como um impulso para o logro.
"A notícia da morte de Chester é devastadora e difícil de acreditar, já que ele era jovem e parecia em boa saúde", declarou, na época, Mark Alexander, então presidente da Seleção Sul-Africana de Rugby Union.
O Portal do Rugby aponta que o título também ficou marcado por um fato inédito: o protagonismo dos negros dentro do Springbooks — principalmente pelo seu capitão Siya Kolise.
Chester foi um verdadeiro pioneiro no rúgbi sul-africano e suas atuações na Copa do Mundo em 1995 estarão para sempre gravadas nos corações e mentes de nossos fãs”, prosseguiu Alexander.
"Como membro da classe Springbok de 1995, Chester não era apenas conhecido na fraternidade de rúgbi, mas era um sul-africano muito amado, cuja influência se estendia mais do que apenas o mundo do rúgbi", finalizou.