Junto com o navegador Fred Noonan, Earhart fez um contato final em 1937 — os corpos jamais foram encontrados
“Oh, Pidge, é como se eu estivesse voando!” Foi assim a primeiro voo de Amelia Earhart. Aos 7 anos, a pequena aventureira tinha acabado de descer por uma rampa improvisada em seu quintal.
Com o trenó de madeira quebrado, o vestido rasgado e o lábio sangrando, a menina virou-se para sua irmã, Pidge, entusiasmada. Naquele momento, nascia uma das maiores pilotos de avião de todos os tempos.
Amelia sempre teve um espírito aventureiro e, segundo muitas de suas biografias, adorava colecionar o que quer que encontrasse durante suas explorações. Junto com a irmã, era dona de minhocas, borboletas, gafanhotos e uma rã arborícola.
Para a menina sonhadora, o mundo todo era um parque de diversões, prestes a ser descoberto e desvendado. Dessa forma, sem nenhum receio, Amelia decidiu dar a volta ao mundo com seu avião de estimação, em 1937.
O voo comprometido
Não seria a primeira vez de Amelia nos céus. Ela era apaixonada pelas nuvens e já havia cruzado o Atlântico sozinha, em 1928. Assim, o plano de dar uma volta ao mundo não lhe parecia ambicioso demais.
Em 1937, então, para comemorar seus 40 anos, planejou a viagem de sua vida. No dia 1º de junho, ela e o navegador Fred Noonan partiram de Miami. Em 2 de julho, porém, ela perdeu contato com o rádio e desapareceu em algum ponto do oceano Pacífico.
A piloto e seu companheiro de voo foram procurados por 16 dias, mas nenhum sinal deles foi encontrado pelas patrulhas de busca. Até hoje, o motivo da queda é um mistério que assombra aqueles apaixonados pela história de Amelia. O paradeiro de seu corpo, todavia, é outra história.
É ou não é?
Em 1940, ossadas foram encontradas por Gerald Gallagher, um oficial de carreira britânico, na ilha de Nikumaroro, no Pacífico. Entre os achados, foram identificados 13 ossos diferentes, um crânio e o que parecia ser um sapato feminino.
Os ossos, então, foram enviados para as Ilhas Fiji, onde foram examinados pelo médico D. W. Hoodless, em 1941. Naquela época, entretanto, a análise forense concluiu que os restos humanos pertenciam a um homem europeu de baixa estatura.
Foi um balde de água fria em todos que acreditavam no final do mistério. A heroína americana que lutava pela igualdade de direitos havia sido encontrada e, pouco tempo depois, fora perdida novamente.
Em 1998, uma luz voltou a brilhar quando a conclusão de D. W. Hoodless foi refutada pela equipe de investigação de Ric Gillespie. Dessa vez, os especialistas identificaram que os ossos encontrados em 1940 pertenciam a uma mulher mais alta do que a média europeia — característica citada em diversos textos sobre Amelia.
Mistério moderno
80 anos depois do primeiro estudo feito a partir dos ossos, Richard Jantz decidiu revisitar o mistério. Assim, em 2018, o antropólogo da Universidade do Tennessee decidiu submeter os restos humanos à testes modernos, com ferramentas atuais.
Em um longo trabalho de apuração e comparação, Richard determinou as mais prováveis medidas do corpo de Amelia, analisando fotos antigas da piloto. O cientista, então, passou todos os dados para um programa especial.
A partir dos dados, o software fez um paralelo entre as medidas de Amelia e diversas ossadas — incluindo a encontrada em 1940. No final, a compatibilidade entre os restos de Nikumaroro e o corpo da piloto foi quase perfeita.
“A não ser que apareçam evidências definitivas de que estes restos mortais não são os de Amelia Earhart”, explicou Richard, “o argumento mais convincente é de que sim, eles são dela”.
Em agosto de 2018, mergulhadores encontraram restos de uma aeronave em águas próximas a Papua Nova Guiné. De acordo com análises feitas nas peças, foi possível identificar modificações realizadas pela piloto em um dos dispositivos encontrados. Assim, é possível que as partes de metal tenham pertencido ao Lockheed de Amelia.
O mistério sobre o paradeiro da piloto, entretanto, permanece até os dias de hoje. Ainda que muitos teorizem que Amelia tenha sido capturada por japoneses em plena Segunda Guerra Mundial, é bastante provável que seus restos mortais tenham sido, de fato, encontrados em 1940.
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