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Curiosidades / Rússia

Monarquia aos avessos: 5 fatos sobre a família Romanov

Da lenda de Anastácia ao parentesco com a família real britânica: Conheça mais sobre a última família que sentou no trono da Rússia

Isabela Barreiros Publicado em 13/03/2020, às 11h00

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A polêmica família Romanov - Divulgação/Klimbim
A polêmica família Romanov - Divulgação/Klimbim

À meia-noite de 16 de julho de 1918, Yakov Yurovsky, comandante de uma unidade de dez soldados bolcheviques, acordou a família Romanov, que estava detida sob as suas ordens em um sobrado na cidade de Yekaterimburgo. O czar Nicolau II, ou Nikolai Alexandrovich Romanov, sua esposa, a czarina Alexandra Feodorovna, as quatro filhas, o filho caçula e outras quatro pessoas que os acompanhavam foram levados até o porão.

Ali Yurovsky indicou a posição em que cada um deveria ficar e leu em voz alta a decisão do Comitê Executivo da região dos Urais em condená-los à morte. Nicolau II e os demais entraram em pânico. Mas não houve tempo para nada. Yurovsky atirou no peito do czar, que morreu instantaneamente.

Esse acontecimento data de 1918, mas o fascínio pela última família que sentou no trono da Rússia continua até os dias de hoje. Confira 5 fatos pouco conhecidos sobre os Romanov.

Crédito: Wikimedia Commons

1. A coroação de Nicolau II foi cenário da tragédia de Khodynka

O evento da coroação de Nicolau II, diferente do que pode se imaginar para uma cerimônia desse tipo, não foi alegre. Em 14 de maio de 1896, o último czar russo, ao ser coroado, teve uma terrível festa no campo de Khodynka, em Moscou.

Muitas pessoas foram à festa, principalmente no intuito de comer e beber no palácio do czar. Um boato, no entanto, se espalhou no salão — eles ouviram que não haveria comes e bebes o suficiente para todos os convidados. Isso fez com que a multidão se tornasse um caos e inúmeros morressem na aglomeração revoltada.


2. Os Romanov estavam sendo mantidos em “prisão domiciliar” antes da execução

No começo, a família real russa estava sendo mantida em exílio na Sibéria. Eles permaneceriam em prisão domiciliar na região até serem levados a um lugar conhecido como Casa Ipatiev, a residência de um comerciante russo, em Ecaterimburgo.

A famosa execução aconteceu na casa meses depois, em julho de 1918. O acontecimento é considerado por alguns como um dos mais brutais eventos da história do país.


3. Joias impediram a morte imediata de alguns membros da família real executada

Nem todos morreram de imediato no porão da Casa Ipatiev. Alguns membros da família real, que acreditavam que poderiam escapar ou ser libertos pelos bolcheviques, costuravam joias em suas roupas.

Os tiros que atingiram essas pessoas ricochetearam em inúmeras pedras preciosas que estavam em suas vestimentas, fazendo com que a morte deles não fosse imediata. Isso não ajudou muito, visto que eles ainda foram assassinados com as baionetas dos soldados.

Quarto onde os Romanov foram executados, na Casa Ipatiev / Crédito: Wikimedia Commons

4. Inúmeros russos realmente fingiram ser Anastásia

A lenda de Anastásia sobreviveu muito tempo na Rússia — muitas pessoas realmente acreditavam que ela havia sobrevivido à execução dos Romanov em Ecaterimburgo. Por isso, vários impostores surgiam dizendo que eram Anastásia, o que até foi retratado no filme que leva o seu nome lançado em 1997.

Uma das histórias mais famosas é a de Anna Anderson, uma mulher que morava em um asilo na Rússia e alegava que era a duquesa perdida. Autoridades começaram uma investigação para entender se ela realmente era quem afirmava ser. No entanto, o que eles descobriram foi que Anderson era uma operária da Polônia com histórico de doença mental.


5. Os Romanov eram parentes distantes da família real britânica

Mesmo que os países pareçam não ter muitas conexões evidentes, as duas famílias reais eram parentes distantes. A rainha Elizabeth II da Inglaterra é neta de George V. A mãe de George, Alexandra da Dinamarca, era irmã de Maria Feodorovna da Rússia, mãe de Nicolau II.

Com isso, podemos constatar que George V e Nicolau II eram primos de primeiro grau, o que confirma que as famílias tinham parentesco.


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