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A KGB ataca novamente

José Sérgio Osse Publicado em 26/05/2009, às 02h21 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
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O que diferencia a KGB da FSB?

A KGB era uma ferramenta do Partido Comunista. Já a FSB tem total liberdade. Por isso, é hoje a organização mais poderosa do país. A KGB só matava alguém no exterior com permissão. A FSB toma essa decisão sozinha.

A FSB tem relação com o conflito deflagrado na Geórgia?

Ela vinha instigando os separatistas da Ossétia do Sul, que querem independência da Geórgia. A agência deu passaportes russos aos ossetianos. Quando os georgianos iniciaram as operações contra a Ossétia do Sul, Moscou alegou que precisava defender seus cidadãos. Se a Rússia pode usar armas por cidadãos no exterior, isso abre um precedente grave. Há muitos russos no Cazaquistão e na Bielo-Rússia.

Era amigo de Alexander Litvinenko?

Conheci Litvinenko em 1998, em Moscou. Nos falamos pela última vez em 2006, em Londres. Ele, que tinha rompido com a agência, recebeu a cidadania britânica e me disse que estava fora do alcance da FSB. Foi envenenado pouco tempo depois.

Em 2007, agentes da FSB teriam sido mandados a Boston para assassiná-lo. O senhor tem medo?

Como sabemos, ainda estou vivo. Sou cuidadoso, mas é só o que posso fazer. Troquei Moscou pelos Estados Unidos para ser livre, e uma rotina com seguranças limitaria essa liberdade.