Cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris - Reprodução/X/@Olympics
Olimpíadas

Vaticano diz ter ‘ficado triste’ com drag queens em abertura da Olímpiada

O Vaticano publicou uma nota de repúdio sobre a cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris, ocorrida sobre as águas do Sena em 26 de julho

Luiza Lopes, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 07/08/2024, às 11h55

O Vaticano se pronunciou sobre a cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris, ocorrida sobre as águas do Sena em 26 de julho.

Durante o evento, um grupo de drag queens se apresentou em formação que, para parte do público, remeteu à pintura 'A Última Ceia', de Leonardo da Vinci, que representa a refeição final de Jesus antes de sua crucificação.

Em uma nota de repúdio divulgada no último sábado, 3, a instituição declarou ter ficado triste com “certas cenas” da cerimônia.

Não podemos evitar nos juntar às vozes que se levantaram para deplorar a ofensa perpetrada contra muitos cristãos e crentes de outras religiões. Não deveriam haver quaisquer alusões que ridicularizam convicções religiosas. A liberdade de expressão, que jamais questionamos, é limitada pelo respeito ao outro”, escreveram.

O comunicado ainda qualifica a atitude como contrária a “um evento prestigioso no qual todo o mundo se une graças a valores em comum”, conforme repercute a Veja.

‘Referência pagã’

A organização olímpica pediu desculpas aos ofendidos após a cerimônia, mas defendeu a escolha, afirmando que a referência pretendida não era cristã, mas pagã.

O banquete extravagante ali celebrado por drag queens e um homem seminu pintado de azul foi pensado como interpretação do Deus grego Dionísio — do vinho e das festas —, para questionar o quão absurda é a violência entre humanos”, afirmou a página oficial da Olimpíada na rede X.

The interpretation of the Greek God Dionysus makes us aware of the absurdity of violence between human beings. #Paris2024 #OpeningCeremony pic.twitter.com/FBlQNNUmvV

— The Olympic Games (@Olympics) July 26, 2024

Segundo o diretor criativo da abertura, Thomas Jolly, o objetivo era incluir todos e demonstrar a liberdade criativa e artística que impera na França.

“Temos sorte de viver em um país livre. Não queria transmitir uma mensagem específica, mas, aqui, somos uma república em que temos o direito de amar quem quisermos e de não seguir uma crença específica”, pontuou em entrevista a uma emissora francesa.

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