Ismail Haniyeh, chefe do Hamas, e o presidente russo Vladimir Putin - Getty Images
Hamas

Rússia comenta morte de líder do Hamas: 'assassinato político inaceitável'

Ismail Haniyeh, chefe do Hamas, foi assassinado na madrugada desta quarta-feira, 31, durante visita a Teerã, no Irã; Rússia critica ação

Éric Moreira Publicado em 31/07/2024, às 09h01

Nesta quarta-feira, 31, foi divulgada, para a surpresa de pessoas de todo o mundo, a morte do principal líder político do Hamas, Ismail Haniyeh. Em resposta ao ocorrido, um vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia disse à agência de notícias estatal RIA que o caso em questão se trata de "um assassinato político absolutamente inaceitável".

Este é um assassinato político absolutamente inaceitável e levará a uma maior escalada de tensões", atestou o vice-ministro Mikhail Bogdanov. "Atacar Ismail Haniyeh é um crime terrorista hediondo e uma violação flagrante de leis e valores ideais".

Ainda durante a entrevista, Bogdanov acrescentou que o assassinato com certeza terá um impacto negativo nas negociações de cessar-fogo que vinham acontecendo em Gaza.

Vale mencionar que a Rússia é um país que mantém relações tanto com países árabes, como o Irã, e grupos como o Hamas, bem como com Israel; por isso, frequentemente condenava a violência na região, nos últimos tempos, acusando os Estados Unidos de ignorar a necessidade de um estado palestino independente.

Conforme repercutido pela CNN Brasil, após a morte de Ismail Haniyeh, o Ministério das Relações Exteriores da Turquia também comentou o caso, repudiando o ataque, alegando que Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, "não tem intenção de alcançar a paz".

Oferecemos nossas condolências ao povo palestino que entregou centenas de milhares de mártires como Haniyeh para que pudessem viver em paz em sua própria terra natal, sob o teto de seu próprio estado", escreveu o órgão em comunicado publicado no X. "Este ataque também visa espalhar a guerra em Gaza para um nível regional. Se a comunidade internacional não tomar medidas para deter Israel, nossa região enfrentará conflitos muito maiores".

Hamas Siyasi Büro Şefi İsmail Haniye’ye Düzenlenen Suikast Hk. https://t.co/lqRQTUWwlg pic.twitter.com/8GMpa0B2if

— T.C. Dışişleri Bakanlığı (@TC_Disisleri) July 31, 2024

Além deles, o grupo armado libanês Hezbollah, também apoiado pelo Irã, emitiu condolências após a morte de Haniyeh. Além disso, em mensagem, não acusaram Israel diretamente, mas afirmaram que o ato tornaria os grupos alinhados ao Irã mais determinados no confronto.

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Retaliação?

Musa Abu Marzouk, membro do gabinete político do Hamas, disse ainda à agência de notícias estatal WAFA que o assassinato de Ismail Haniyeh "não será em vão", e comentou que facções nacionais palestinas e islâmicas teriam convocado uma greve geral, com manifestações em massa, em oposição à ação de extermínio.

Além dele, um alto funcionário do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse ainda que o grupo agora está disposto a qualquer coisa para alcançar seus objetivos: "Estamos envolvidos em uma guerra aberta para libertar Jerusalém e estamos prontos para pagar vários preços".

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