'Flutua sobre as ruínas, flutua', de Omar Salomão, analisa a escrita poética
Recém-lançada pela editora Cobogó, a obra "Flutua sobre as ruínas, flutua", do Mestre em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio, Omar Salomão, mescla poesia, arte e o acaso através de uma escrita profunda e envolvente.
A obra foi pensada a partir do livro de Haroldo de Campos, "Ruptura dos gêneros na literatura latino-americana".
“Descobri ali a base do meu interesse: investigar a forma como conteúdo, a rasura e o vestígio como escrita poética, outras alternativas que não a letra diagramada sobre o cubo branco da página do poema”, escreveu o autor na obra.
Regada de “referências antropofagizadas” e “construções espiraladas”, esta obra eletrizante revela elementos profundos do processo criativo durante uma escrita. Além disso, rompe com padrões textuais.
“Omar pensa a construção do poema sobre ruínas, como resultado de acumulação, um texto em que as estruturas estão abertas. A dimensão gráfica do texto, que não é decorativa, compõe um ‘livro como objeto’, ‘a palavra como imagem’. Está presente o poeta em sua atividade combinatória e alquímica”, escreveu Rosa Maria Dias, professora do departamento de Filosofia da UERJ, no posfácio.
Disponível na Amazon em edição física, "Flutua sobre as ruínas, flutua" trata-se de um livro profundo sobre a escrita vista por outra perspectiva, sendo uma leitura fundamental para futuros escritores.