A jornalista e antropóloga Helena Celestino aborda sobre diferenças geracionais, o anti-etarismo e outros temas na obra "Envelhecer é para as fortes"
Helena Celestino iniciou sua carreira na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde graduou-se em Comunicação. Mas logo após o término dos seus estudos, a jornalista e pesquisadora mudou-se para Paris após pedir demissão do jornal em que trabalhava quando o editor chefe foi substituido por um aliado da ditadura militar.
Foi assim que sua vida cruzou com a de oito mulheres: Glória Ferreira, Vera Valdez, Lena Tejo, Eliana Aguiar, Lena Giacomini, América Ungaretti, Betânia e Vera Sílvia. Exiladas pela luta contra a ditadura, elas criaram na capital da França o Círculo de Mulheres Brasileiras, um dos primeiros grupos feministas em português desde as sufragistas.
No livro-reportágem "Envelhecer é para as fortes", Helena Celestino narra a história das mulheres desse coletivo feminista que antecipou o jeito de viver do século XXI. Assim, a autora traz as memórias dessas mulheres excepcionais durante aquela época, onde ela acompanhou o grupo, seja como testemunha ou como integrante.
O coletivo - que hoje foi rebatizado de Peitamos - é um símbolo de resistência feminista que enfrentou a ditadura e ensinou às gerações seguintes a lutar pela igualdade. E mesmo com o passar do tempo e o envelhecimento evidente, essas precursoras do movimento continuam se reinventando mesmo na velhice. É assim que Celestino propõe, além de outras pautas contemporâneas, o debate sobre a finitude da vida e o etarismo.
O livro "Envelhecer é para as fortes" será lançado no dia 29 de agosto de 2022 pela Editora Record e você já pode garanti-lo nas versões física e eBook através da Amazon.