Em 2013 o ex-administrador de sistemas da CIA revelou programas de vigilância em massa produzidos pelo governo dos Estados Unidos
Conhecido mundialmente, o caso de Edward Snowden chocou a sociedade por revelar escândalos de espionagem do governo dos Estados Unidos. O ex-administrador de sistemas da CIA, atualmente, está exilado na Rússia e deseja voltar para seu país natal um dia, como afirma em sua biografia Eterna vigilância: Como montei e desvendei o maior sistema de espionagem do mundo.
Em 2013, o mundo soube que o governo americano possui esquemas de espionagem em nível de escala global. Por meio dos jornais The Guardian e The Washington Post, Snowden forneceu detalhes do sistema de informações capaz de extrair dados confidenciais de cidadãos estadunidenses, e até mesmo de outras nações.
Naquele mesmo ano, o espião se encontrou com os jornalistas Glenn Greenwald e Laura Poitras, e lhes entregou documentos secretos que comprovaram o uso de programas de vigilância em massa. Ao tomarem conhecimento que Snowden estava em Hong Kong delatando o esquema, os Estados Unidos pediram, imediatamente, sua extradição, mas sem sucesso.
Conhecido como PRISM, o projeto de monitoramento global foi responsável por espionar conversas sigilosas de líderes mundiais, como da ex-presidente Dilma Rousseff. Embora o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, tenha admitido que o governo foi longe demais, Snowden foi acusado de espionagem, roubo e transferência de propriedade norte-americana. Segundo John Kerry, essa foi a forma que o país encontrou para monitorar ataques terroristas após o atentado do 11 de setembro de 2001.
Depois do escândalo, Snowden passou a ser procurado pelas autoridades, mas encontrou asilo na Rússia. Em 2015, foi indicado pelo professor de sociologia da Suécia, Stefan Svallfors, para receber o Prêmio Nobel da Paz. Segundo o comitê avaliativo, Snowden se sacrificou pela humanidade ao vazar os dados de espionagem do governo. Pouco antes, o ex-administrador de sistemas da CIA foi contemplado com o Prêmio Sam Adams Award e o Prêmio Ridenhour.
Em 2019, Snowden publicou sua autobiografia Eterna Vigilância, que quase foi censurada pelo governo dos EUA, e recebeu diversas ameaças de morte. Segundo as autoridades americanas, ele violou a política de segurança do país. Na época, Snowden se pronunciou em suas redes sociais: “É difícil pensar em um maior selo de autenticidade que o fato de o Governo dos EUA apresentar uma demanda afirmando que seu livro é tão veraz que escrevê-lo era literalmente contrário à lei”.
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