Segundo especialistas, o ex-presidente abusou do poder militar e ocultou informações de seu governo
Durante o seu mandado, Barack Obama foi responsável por diversos avanços na economia e política dos EUA. No entanto, especialistas o apontam como uma figura controversa e até mesmo "agressiva".
Eleito em 2008, Obama se envolveu em diversas polêmicas enquanto governou os Estados Unidos. Segundo o ex-analista da CIA Melvin Goodman, o ex-presidente demonstrou ser uma pessoa completamente diferente após sua eleição. Com um discurso de transparência, Obama foi relacionado a esquemas de espionagem.
“O presidente Obama fez campanha com base na transparência e abertura, mas ignorou a responsabilidade pelas transgressões da CIA e enfraqueceu fundamentalmente o papel da supervisão em toda a comunidade de segurança nacional”, disse Melvin Goodman em sua coluna sobre segurança nacional no jornal Counter Punch.
Segundo o colunista, os esquemas de espionagem no governo de Obama ultrapassaram todos seus antecessores. Além disso, para Goodman, as políticas de segurança nacional do ex-presidente influenciaram a revolta da Primavera Árabe e o caos na Síria.
Defensor dos direitos civis e da transparência, Obama proibiu que relatórios sobre as condutas da CIA fossem divulgados. Criado em 1989, o Inspetor-Geral foi responsável por revelar abusos e torturas ilegais cometidas pela CIA, no entanto, em seu governo, esse método foi proibido.
Na obra Confronte e oculte: as guerras secretas de Obama e o uso surpreendente do poder americano, o principal correspondente de Washigton do New York Times, David E. Sanger, revelou informações secretas e controversas do ex-presidente. Ao longo da obra, o autor explica a relação dos Estados Unidos com o Irã, a morte de Bin Laden, entre outros assuntos. Ao final de sua pesquisa, Sanger concluiu que Obama era agressivo e abusava do poder militar.
Leonard Downie, ex-editor executivo do Washington Post, assim como Sanger, acredita que o ex-presidente foi o mais agressivo, desde o governo de Nixon. Um dos motivos que o levou a questionar a integridade de Obama foi a campanha contra jornalistas e os esquemas de espionagem.
Segundo a senadora democrata da Califórnia, Dianne Feinstein, o livro de Sanger a fez conhecer mais sobre a administração de Obama, do que a sua convivência com ele, pois o ex-presidente mantinha em segredo acordos e decisões políticas até de seus aliados.
Outro livro que denuncia o ex-presidente é Matar ou capturar: a guerra ao terror e a alma da presidência de Obama, de Daniel Klaidman, repórter da Newsweek. Para o autor, o democrata segue uma visão unilateral antes de mandar matar, de forma fria e calculada. Klaidman explica que o fato de não prender um terrorista, mas sim o matá-lo, sem julgamento, pode gerar conflitos maiores, tornando-se um risco para a segurança nacional.
“Quando confrontado com uma ameaça direta à segurança americana, Obama mostrou que está disposto a agir unilateralmente - de uma maneira direcionada, de entrar e sair, que evita, a todo custo, o tipo de guerra terrestre confusa e ocupações longas que drenaram o tesouro e o espírito da América nas últimas décadas ”, escreveu Klaidman.
Outro fato apresentado pelos especialistas é o uso de drones e expansão de armas letais em zonas de conflitos. Diversos civis foram mortos em decorrência da guerra, no entanto, Obama sempre alegou o contrário, amenizando o impacto de suas ordens.
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Kill or Capture: The War on Terror and the Soul of the Obama Presidency (Edição Inglês), de Daniel Klaidman (2012) - https://amzn.to/3azm3XM
The Perfect Weapon: war, sabotage, and fear in the cyber age (Edição Inglês), de David E. Sanger (2018) - https://amzn.to/36ihxcY
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