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Segunda Guerra Mundial / Segunda Guerra Mundial

O trabalho para identificar soldados 'desaparecidos' da Segunda Guerra

Mais de 72 mil soldados norte-americanos mortos na 2ª Guerra continuam desaparecidos; especialistas acreditam que metade seja identificável

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
[email protected]

Publicado em 27/05/2024, às 12h03

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Imagem ilustrativa - Imagem de Zack Culver por Pixabay
Imagem ilustrativa - Imagem de Zack Culver por Pixabay

Estima-se que cerca de 72 mil soldados norte-americanos mortos na Segunda Guerra continuem desaparecidos. Assim, gerações de famílias cresceram sem saber exatamente o que aconteceu com seus entes queridos enquanto serviam seu país. 

+ Segunda Guerra Mundial: Combatente é encontrado e enterrado anos após o conflito

Os especialistas acreditam que metade deles sejam recuperáveis, apesar de quase 80 anos do fim do conflito. Para isso, desde 2013, o laboratório federal da Força Aérea de Offutt, perto de Omaha, no Nebraska, luta para dar um fim digno para quem deu a vida pela pátria.

No primeiro ano de trabalho, o centro de pesquisa identificou 59 militares; em 2022, esse número já foi de 134; contra 159 no ano passado. A meta para 2024 é que o laboratório, que conta com a ajuda de um centro de pesquisa irmão no Havaí, consiga identificar 200 soldados 'perdidos'. Uma oportunidade de proporcionar aos familiares um enterro adequado.

"Eles podem nem estar vivos quando aquele militar estava, mas essa história é transmitida através das gerações", disse Carrie Brown, gerente do laboratório da Defense POW/MIA Accounting Agency em Offutt, ao NY Post.

Eles podem ter visto uma foto daquela pessoa quando eram pequenos e não entendiam ou sabiam realmente quem ela era".

Nesta segunda-feira, 27 de maio, os Estados Unidos celebram o Memorial Day — comemorado sempre na última segunda deste mês, o feriado nacional homenageia os militares americanos que morreram em combate. Além disso, no próximo dia 6 de junho será celebrado os 80 anos do Dia D; datas que reforçam ainda mais a importância do trabalho dos pesquisadores. 

Identificação de combatentes

Para que isso seja possível, os antropólogos forenses, médicos legistas e historiadores que trabalham em conjunto precisam enfrentar uma corrida contra o tempo, visto que os restos mortais enterrados em campos de batalha em todo o mundo se deterioram cada dia mais.

Mas os avanços na tecnologia de reconhecimento de DNA, aliados com técnicas inovadoras de comparação óssea, permite que os laboratórios possam identificar soldados desaparecidos em um número cada vez maior com o passar dos anos. 

Um exemplo disso, resgata o Post, foi o trabalho que permitiu que Donna Kennedy enterrasse seu primo, o cabo Charles Ray Patten, com todas as honras militares este mês no mesmo cemitério de Lawson, Missouri, onde seu pai e seu avô foram sepultados.

Patten morreu há 74 anos durante a Guerra da Coreia, mas passou décadas enterrado como 'desconhecido' no Cemitério Memorial Nacional do Pacífico, no Havaí.

Eu simplesmente sofri. Quero dizer, doeu. Você sabe, eu me senti tão mal. Mesmo não o conhecendo, eu o amava", disse Kennedy.