Desaparecimento do voo MH370 da Malaysian Airlines, na madrugada de 8 de março de 2014, ainda hoje alimenta inúmeras teorias conspiratórias
Há pouco mais de 9 anos, na madrugada de 8 de março de 2014, o voo MH370 da Malaysian Airlines desapareceu pouco após decolar do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur. Com destino a Pequim, na China, a aeronave que transportava 239 pessoas (227 passageiros e 12 membros da tripulação) sumiu sem nenhuma explicação plausível até os dias de hoje.
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Por conta do mistério perturbador, diversas teorias da conspiração ainda reverberam. O MH370 teria sido sequestrado? Foi abatido por engano? Até mesmo um possível ‘suicídio coletivo’ causado pelo piloto Zaharie Ahmad Shah já foi pautado. Algo já desmentido, importante afirmar. Mas o que dizem ao certo cada uma dessas teorias?
Conforme mostrado na minissérie documental da Netflix ‘Voo 370: O avião que desapareceu’, o voo MH370 da Malaysian Airlines desapareceu após se comunicar com o controle de tráfego aéreo cerca de 38 minutos após decolar. Enquanto sobrevoava o Mar da China Meridional.
Usando sinais de transmissão enviados para os satélites da Inmarsat, posteriormente, os investigadores descobriram que o Boeing 777 desviou sua rota para o sul, provavelmente caindo no Oceano Índico.
O que torna essa teoria mais forte é que após 16 meses de buscas infrutíferas, um ‘flaperon’ (parte da asa) foi achado na ilha francesa de Reunião, no Oceano Índico, em 29 de julho de 2015.
Enquanto o sumiço do MH370 ainda causava grande repercussão, outro acidente envolvendo a Malaysian Airlines ganhou as manchetes dos noticiários. Em junho daquele ano, menos de seis meses após o desaparecimento, o MH17 foi abatido por um míssil russo.
Obviamente, teorias começaram a surgir de que o MH370 pudesse ter sido vítima de algo semelhante. O tópico foi explorado por Nigel Cawthrone em “Flight MH370: The Mystery”, que discorre sobre a possibilidade da aeronave ter sido derrubada durante os exercícios militares conjuntos dos Estados Unidos com a Tailândia.
Sobre o MH17, a NPR publicou um relatório feito por uma equipe internacional de investigadores, no último dia 8 de fevereiro, apontando que existem “fortes indícios” de que o abatimento da aeronave foi aprovado pelos chefes de estado russos. O governo da Rússia, porém, nega veementemente.
O voo MH370 transportava cerca de 200 quilos em baterias de lítio. Entretanto, conforme repercute a EuroNews, investigadores encontraram “incongruências” no registro, e a carga poderia ser, na verdade, de 2.000 quilos.
Sendo assim, muitos especulam que a tamanha quantidade do material poderia ter ocasionado uma reação em cadeia e que uma ou mais explosões teriam causado uma despressurização da cabine.
A carga do MH370 parece ser realmente uma fonte inesgotável para teorias da conspiração sobre o desaparecimento do voo da Malaysian Airlines. Mas esse segundo ponto sobre a questão realmente deixaria qualquer pessoa um tanto quanto curiosa.
Uma matéria do Observador, de Portugal, recorda que ao analisarem o manifesto do voo, investigadores constataram haver sido acrescentado "uma carga de 90,7 quilos" de objetos não informados. Não há nenhuma informação sobre ela e tampouco a mesma passou pelo raio-x do aeroporto.
Em entrevista à mídia francesa, Ghyslain Wattrelos, engenheiro francês cuja esposa e os dois filhos estavam a bordo do Boeing 777, afirma que a “carga misteriosa” foi encontrada em um relatório sobre os passageiros e as bagagens. Além disso, um dos contentores que o avião transportava tinha peso a mais.
Ninguém sabe explicar o porquê”, aponta Wattrelos.
Como mostrado na produção da Netflix, alguns especulam que, visto que o avião tinha como destino a China, a carga poderia ser um material de inteligência extremamente favorável ao país. O que significa que os Estados Unidos não tinham o menor interesse de que o avião chegasse com tal carga em seu destino. Assim, a aeronave poderia ter sido sequestrada pelos norte-americanos ou abatida por caças.
Embora diversas teorias conspiratórias tenham alguma base para existirem e até mesmo cheguem a ganhar adeptos, outras beiram o impossível e apelam até para o desconhecido. Uma das grandes bizarrices sobre o sumiço do MH370 surgiu de uma pergunta feita que o jornalista Don Lemon fez na CNN: 'Um buraco negro poderia ter engolido o Boeing 777?'.
À UPI, a ex-inspetora-geral do Departamento de Transporte dos EUA, Mary Schiavo, criticou o apresentador pelo comentário, dizendo que a fala seria um completo “absurdo”. Schiavo ainda explicou que "um pequeno buraco negro sugaria todo o nosso universo, então sabemos que não é isso."
Por fim, em março de 2018, perto do quarto aniversário do desaparecimento do voo MH370, um usuário do Twitter chamado Ty viralizou ao alegar ter recebido estranhas mensagens de voz e textos com as coordenadas de um local na Indonésia, um pouco próximo de onde o voo MH370 teria desaparecido.
As mensagens de voz, em código Morse, fariam uma alusão a uma abdução alienígena, aponta o portal The Breeze. O sujeito ainda relatou que também recebeu textos e mensagens de voz alegando que alguém apareceu e tirou fotos de sua casa, embora isso nunca tenha sido provado.
Segundo as investigações, as chamadas foram feitas usando um serviço VOIP, sendo rastreadas para dois hotéis em Port Blair, na Índia. Entretanto, a identidade dos responsáveis pelos telefonemas jamais foram descobertas. Os investigadores apontam que tudo não passou de um trote.