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Matérias / Tesouro

Relembre as buscas pelo tesouro de US$ 1 milhão escondido por colecionador

Durante uma década, pistas em poema levaram inúmeros a partirem em uma longa caçada nos EUA em busca de um tesouro escondido

por Giovanna Gomes
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Publicado em 06/08/2024, às 19h00

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Tesouro de Forrest Fenn - Divulgação/ Forrest Fenn/Dal Neitzel
Tesouro de Forrest Fenn - Divulgação/ Forrest Fenn/Dal Neitzel

Durante vários anos, diferentes pessoas se empenharam em encontrar, nos Estados Unidos, um famoso tesouro de ouro e joias que o colecionador Forrest Fenn alegava ter escondido em um local secreto a mais de 1.500 metros de altitude.

O mistério teve fim dez anos após o norte-americano ter deixado pistas da localização do tesouro codificadas em um poema de 24 versos, publicado em 2010, através de seu livro de memórias.

O baú com pedras preciosas avaliado em mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,6 milhões na cotação atual) estava nas Montanhas Rochosas, que se estendem desde o Novo México, no sudoeste dos Estados Unidos, até a Columbia Britânica, no noroeste do Canadá. A localização exata só foi descoberta em 2020.

"Estava sob uma marquise na exuberante vegetação florestal das Montanhas Rochosas e não havia se mudado do local onde eu a escondi há mais de dez anos. Não conheço a pessoa que o encontrou, mas o poema em meu livro o levou ao local exato", escreveu o colecionador, em junho de 2020, de acordo com informações do portal de notícias G1. 

Registro do tesouro - Divulgação/ Forrest Fenn/Dal Neitzel

Fim da caçada

Fenn, com 89 anos, revelou que o sortudo entrou em contato por telefone, mas não quis se identificar. Ele contou, na época, que a pessoa que encontrou o tesouro provou o feito enviando-lhe uma foto do baú. "Sinto-me meio alegre e meio triste porque a perseguição acabou", declarou ele em entrevista ao jornal Santa Fe New Mexican.

Parabenizo as milhares de pessoas que participaram da busca e espero que continuem sendo atraídas pela promessa de outras descobertas", escreveu na época.

Mortes

Durante uma década, o tesouro de Forrest Fenn gerou ceticismo entre aqueles que acreditavam que a história era uma farsa para promover a venda de livros. No entanto, muitos caçadores de tesouros dedicaram anos de suas vidas à busca do prêmio escondido, com um custo trágico: pelo menos quatro homens morreram durante a busca.

Em 2016, Randy Bilyey, de 54 anos, iniciou sua busca nas montanhas do Novo México. Seis meses após seu desaparecimento, as autoridades encontraram seus restos mortais nas águas do rio Grande.

A segunda vítima, o pastor Paris Wallace, de 52 anos, também faleceu durante uma expedição no Novo México, no ano de 2017. Ele se perdeu em uma área conhecida como Garganta do Rio Grande, e, assim como o primeiro, seu corpo foi encontrado em uma das margens do rio.

O colecionador Forrest Fenn / Crédito: Divulgação/vídeo/Youtube/Jack Stuef

Ainda em 2017, Jeff Murphy, de 53 anos, informou à família que faria uma breve excursão ao Parque Nacional Yellowstone, no noroeste dos Estados Unidos, para escalar a montanha Turkey Pen. Sua escalada, que deveria durar menos de um dia, terminou tragicamente e seu corpo foi encontrado no fundo de uma inclinação.

A quarta e última vítima era Eric Ashby, de 31 anos, cujo corpo foi encontrado nas águas do rio Arkansas, no Colorado.

Nove chaves

Forrest Fenn, colecionador de arte e ex-piloto americano, assegurava que as pistas para encontrar o seu tesouro estavam codificadas em um poema de 24 versos, publicado em seu livro de memórias, Thrill of the Chase ("O Prazer da Caçada", em tradução livre).

O tesouro prometido por Fenn supostamente incluía peças de ouro e rubis, oito esmeraldas, duas zafiras do Ceilão, diamantes, duas antigas pedras de jade chinesas, além de pulseiras de ouro pré-colombiano.

A sinopse do livro descreve a "notável história real de Forrest Fenn e de um tesouro escondido em algum lugar nas montanhas ao norte de Santa Fé".

Quando questionado sobre a motivação por trás do enigma, Fenn revelou que seu objetivo era simples: "Para que as pessoas se levantem de seus sofás", explicou o colecionador a um blog especializado em seu tesouro.