Os três náufragos foram encontrados na última terça-feira, 09, em uma área deserta de Anguilla Cay, ao sudoeste das Bahamas
Em meados do ano 2000, Tom Hanks protagonizou um dos maiores filmes de sua carreira. No longa “Náufrago”, o executivo da FedEx Chuck Noland se vê sozinho em uma ilha depois que seu avião cai no Oceano Pacífico durante uma tempestade.
No total, o protagonista passa quatro anos tentando sobreviver na ilha deserta e sua única companhia é a famosa bola Wilson. Em isolamento total, ele passa meses tentando descobrir como se alimentar e sonha em voltar para casa.
Aparentemente absurdo, o enredo do filme se repetiu recentemente, mesmo que em uma escala menor. Após 33 dias presos em uma ilha entre Cuba e as Bahamas, um grupo de três cubanos foi encontrado pelas autoridades na última terça-feira, 9.
No meio do mar
Na manhã daquele dia, Riley Beecher, um oficial da Guarda Costeira, patrulhava a área de Anguilla Cay quando viu algo que chamou sua atenção, segundo a BBC. Na hora, o agente decidiu se aproximar da cadeia de ilhas e o que encontrou foi surpreendente.
Lá em baixo, em terra, cercadas pelo enorme oceano, três pessoas acenavam para a aeronave dos oficiais. Com uma bandeira improvisada, eles pediam socorro através de movimentos frenéticos e bastante desesperados.
Na mesma hora, ao identificar a situação precária, os patrulheiros enviaram uma caixa cheia de suprimentos, com a ajuda de um paraquedas. Dentro dela, os náufragos ainda encontraram um rádio, por onde puderam se comunicar com os agentes.
Diálogo aliviado
Através do aparelho, os patrulheiros puderam trocar algumas palavras com os náufragos. Logo percebeu-se, no entanto, que a língua seria um obstáculo, já que os homens da Guarda Costeira falavam em inglês e os isolados respondiam em espanhol.
Para piorar a situação, o avião norte-americano não estava equipado para realizar um resgate imediato, já que se tratava de uma aeronave de patrulha. Assim, os agentes avisaram aos náufragos que voltariam o mais rápido possível para salvá-los.
A informação mais chocante veio logo em seguida. “Com meu espanhol improvisado, pude perceber que eles eram de Cuba e que precisavam de cuidados médicos”, narrou Beecher, de acordo com o UOL. “Eles deixaram claro que estavam na ilha há 33 dias."
Uma luz no fim do túnel
O resgate aconteceu apenas no dia seguinte, em 10 de fevereiro, quando a Guarda Costeira dos EUA conseguiu enviar um helicóptero até a ilha. Foi apenas nesse momento que os oficiais descobriram o que realmente aconteceu com os três cubanos.
De acordo com os próprios náufragos — que eram dois homens e uma mulher —, eles chegaram na ilha nadando, depois que o barco onde viajavam afundou. Sozinhos, sem água e sem comida, então, tiveram de encontrar uma forma de sobreviver.
Em vídeo postado no Twitter da Guarda Costeira, o tenente Ricardo Rodriguez explicou que os náufragos se alimentavam dos cocos presentes na ilha. No dia em que os cubanos foram encontrados, Ricardo pilotava o avião responsável pela identificação.
Enfim salvos
Mais tarde, logo depois do resgate, a imprensa norte-americana noticiou, segundo o UOL, que os náufragos ainda comiam os ratos e moluscos que capturavam na ilha. Durante os 33 dias, portanto, eles não tiveram uma fonte fixa de alimento ou de água.
"Nunca conheci alguém que ficou [preso] em algum lugar por tanto tempo", afirmou Justin Dougherty, um outro membro da Guarda Costeira. Por sorte, eles conseguiram chamar a atenção das autoridades e, assim, acabaram livres daquele pesadelo.
Uma vez resgatados, os cubanos foram levados até um hospital na Flórida e, assim, verificou-se que eles não tinham ferimentos graves. Com isso, as autoridades encaminharam os sobreviventes ao Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos, para que os três possam, enfim, voltar para casa.
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