Entrando na História como grande magnatas americanos, essa família vivenciou o poder e algumas polêmicas
Caio Tortamano Publicado em 10/07/2020, às 09h00
Visto como vilão por uns e herói por outros, o petróleo é um produto que movimenta bilhões de dólares por ano, motiva guerras e conflitos, mas também traz inúmeras conquistas que só foram possíveis graças à exploração do material, seja como combustível ou como matéria prima.
Tendo isso em vista, é possível imaginar que as pessoas por trás desse material estão cercadas de incontáveis quantidades de dinheiro e grande influência na política internacional. E não existe discussão sobre o império do petróleo sem mencionar a Standard Oil, ou melhor, a família por trás dessa companhia.
Durante o final do século 19 e início do século 20, os irmãos John Davison Rockfeller Sr. e William Rockefeller administraram a empresa de petróleo e o banco Chase Manhattan Bank. Os negócios se desenvolveram graças à perspicácia dos dois, que perceberam que lucrariam muito mais se fizessem um acordo com as companhias de estradas de ferros, barateando o preço do transporte do combustível.
Com a liderança do mercado, os Rockfeller passaram a controlar todas as grandes refinarias de lugares como Nova York, Filadélfia e Pittsburgh. Além disso, 90% de todos os transportes petroleiros se tornaram propriedade da Standard Oil.
Devido ao seu tamanho colossal, a companhia originou uma lei federal para se opor aos monopólios que estavam surgindo e dificultando o livre comércio. Conhecida como o Ato Antitrustes de Sherman, a emenda procurava restringir todos os contratos que envolvessem qualquer tipo de demilitação aos envolvidos, acabando com a exclusividade que a Standard possuía com seus clientes.
O sucesso da marca Standard Oil e o espírito empreendedor — às vezes questionado pela criação de cartéis e monopólios — renderam John o título de primeiro bilionário do mundo. Em 1937, ao tempo de sua morte, ele detinha fortuna equivalente a 1,5% de toda a economia americana.
Em 1874, John teve um filho com Laura Celestia Spelman e o chamou de John Rockefeller Jr. Este, por sua vez, foi pai dos cinco herdeiros mais famosos da família, o filho de Jr, Nelson Rockefeller, foi vice-presidente dos Estados Unidos durante o governo de Gerald Ford, nos anos 70. Além disso, foi governador do estado de Nova York e alcançou grande destaque na política.
A família, de modo geral, atuou em diversos campos de maneira filantrópica. John Rockefeller ajudou, ao longo de sua vida, igrejas, universidades e áreas médicas. No total, estima-se que ele doou mais de meio bilhão de dólares, e John Jr doou — aparentemente — o dobro dessa quantia.
Graças ao valor bilionário, museus como o MoMA e o Metropolitan Museum of Art, ambos em Nova York, puderam ser construídos. Universidades de renome como Yale, Harvard e Columbia foram financiadas com o dinheiro dos Rockefeller. A Universidade de Chicago, inclusive, só existe atualmente graças aos esforços dos filantropos que circularam em torno dos dois bilhões de dólares.
Diversos fins misteriosos foram dados à diferentes membros da família de magnatas. Desde ocultos desaparecimentos até assassinatos mal esclarecidos, os Rockefeller inundam o imaginário popular .
Até hoje, o sobrenome está extremamente ligado ao capitalismo e são vistos como o maior modelo a ser seguido para todos os empreendedores que buscam casas astronômicas nos balanços de suas empresas.
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